A médica e pesquisadora paraibana Adriana Melo, que descobriu o Zika Vírus, criou uma ONG para atender crianças de todo o Brasil.
Foi Adriana quem sugeriu um estudo com amostra de líquido amniótico de duas gestantes que fizeram os cientistas achar o vírus da Zika.
Ela também foi a responsável pelo estudo que ligou o vírus da Zika a casos de microcefalia em bebês.
Adriana Melo ajudou a descobrir muita coisa sobre esse vírus e como lidar com as crianças que nasceram com essas condições especiais. Hoje, ela tem uma ONG que oferece tratamento para crianças com esta síndrome congênita associada ao vírus e luta pelos direitos das vítimas da doença no país.
Especialista em medicina fetal, Adriana preside o Ipesq ((Instituto Professor Joaquim Amorim Neto) e a ONG Amor Sem Dimensões”, em Campina Grande (PB).
Em 2015, ainda não se sabia se as crianças como microcefalia iriam sobreviver, por isso que o primeiro programa coordenado pela Adriana em 2015, era voltado ao apoio psicológico das mamães, já que ainda não se sabia muito sobre a microcefalia.
“Mas tudo mudou quando vi o vídeo de Catarina Maria brincando de estátua com a mãe aos seis meses de vida. E por que Catarina estava evoluindo tão bem? Porque a mãe é fisioterapeuta e começou a fazer terapia intensiva diária desde o quarto dia de vida”.
Apoio fundamental para mamães terem acesso aos tratamentos
A Catarina foi o ‘case’ de que se a criança tiver acesso aos tratamentos como medicamentos, consultas, fisioterapias, fono e terapeutas funcionais, ela pode sim ter qualidade de vida.
Mas, com a falta de vagas no SUS, Adriana viu que precisava fazer algo pelas mães que estavam desesperadas… e assim nasceu em 2017 a ONG Amor Sem Dimensões, que até hoje atua dando todo suporte às crianças e famílias.
Crescimento da ONG
Em 1° de julho de 2017, foi inaugurada a sede da ONG, inicialmente atendendo seis crianças. Hoje, são cerca de 100.
Em 2020, a ONG cresceu e foi inaugurada uma nova sede, em Belo Horizonte. Além disso, passaram a apoiar a Associação Família de Anjos de Alagoas, de Maceió, com a reforma da sede e apoio e atendimento a crianças.
FONTE: Da Redação do NE9, com o Ecoa