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Maria Ribeiro vive Fernanda Young na peça “Pós-F”, em cartaz no Teatro Santa Isabel no Recife

Depois do enorme sucesso em sua versão on-line, o espetáculo “Pós-F”, de Fernanda Young com Maria Ribeiro e direção de Mika Lins, estreia de forma presencial, com turnê nacional, chegando ao Teatro de Santa Isabel, neste sábado e domingo (19 e 20/3)

O espetáculo foi adaptado do livro “Pós-F, para além do masculino e do feminino”, de Fernanda Young, vencedora (póstuma) do Prêmio Jabuti.
Em sua primeira obra de não ficção, Young traz para o debate o que significa ser homem e ser mulher hoje. Em textos autobiográficos, ela se revela como uma das tantas personagens às quais deu voz, sempre independente e tendo a inadequação como um sentimento intrínseco. Esse constante deslocamento faz com que Fernanda seja capaz de observar o feminino e o masculino em todas as suas potencialidades. A montagem chega ao Recife neste fim de semana, com sessões no Teatro de Santa Isabel, no sábado, às 20h; e no domingo, às 18h.

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No palco, Maria Ribeiro dá voz a Fernanda Young sob a direção criteriosa de Mika Lins. Com iluminação de Caetano Vilela, o espetáculo possui uma linguagem poética e contemporânea, ao mesmo que seduz pela estética e envolve o público pela divertida e instigadora temática.

A estreia on-line aconteceu em 12 de setembro de 2020, marcando a retomada das atividades culturais do Teatro Porto Seguro, e foi um sucesso de público e critica. Em apenas oito apresentações, o espetáculo contou com mais de 8.000 espectadores.

Agora, em sua versão presencial, ganha novos formatos e linguagens, que fazem dele um espetáculo provocativo, em que ao mesmo tempo se ri do outro e de si mesmo.

Para a diretora Mika Lins, a encenação não ficcional procura ao máximo levar ao palco as experiências pessoais da autora. “Buscamos transformar o que é expresso na teoria em ação, na experiência pessoal dela. É quase como se a Fernanda estivesse em cena exposta como pessoa e contasse suas memórias e vivências. Para além das ideias avançadas propostas no livro pela Fernanda, a peça é muito baseada na visão pessoal que eu e a Maria Ribeiro tivemos depois que ela passou pelas nossas vidas. E eliminamos qualquer didatismo, pois é um espetáculo sobre uma artista, sobre uma criadora, sobre uma ficcionista”, explica.

Maria Ribeiro, corroborando com o pensamento da diretora, diz que “assim como Leila Diniz, Fernanda era daquelas mulheres que, apenas cumprindo sua psique, nos libertava de tudo o que não era natural, e sim, convenção”

Vivências da Fernanda

No livro, a partir de experiências pessoais, Fernanda Young se revela como uma das tantas personagens femininas criadas por ela, sempre livre para fazer o que quiser, amar quem quiser e viver à sua maneira, porém cercada por um sentimento intrínseco de inadequação. Esse constante deslocamento faz com que Fernanda seja capaz de observar tanto o feminino como o masculino em todas as suas potencialidades.

É esse modo de ser que motivou Young a propor a ideia de um pós-feminismo e pós-Fernanda, um relato sincero sobre uma vida livre de estigmas, calcada na sobrevivência definitiva do amor, no respeito inquestionável ao outro e na sustentação do próprio desejo. E esse olhar profundo para o outro possibilitaria acabar com quaisquer formas de rótulos e papéis impostos tanto para a mulher como para o homem, que também sofre com as enormes pressões da sociedade patriarcal e precisa ser um aliado na luta contra o machismo. Assim, Fernanda oferece sua visão de mundo na tentativa de superar polarizações e construir algo maior, em que caibam todos os gêneros.

Ficha técnica – Pós F

Texto: Fernanda Young
Com: Maria Ribeiro
Direção e cenografia: Mika Lins
Adaptação: Caetano Vilela, Maria Ribeiro e Mika Lins
Iluminação: Caetano Vilela
Figurino: David Pollack
Trilha Sonora: Estela May, Maria Ribeiro, Mika Lins e Caetano Vilela
Ilustração: Fernanda Young, Estela May e Mika Lins
Cenotecnia e Direção de Palco: Alejandro Huerta
Fotos: Bob Wolfenson
Coordenação de Comunicação: Vanessa Cardoso
Assessoria de imprensa: Factoria Comunicação
Designer: Luciano Angelotti
Assistência, programação e operação de luz: Nicolas Caratori
Coordenação técnica: Helio Schiavon Jr.
Operação de Luz: Marcel Rodrigues
Operação de Som: Hayeska Somerlatte
Captação de imagens e edição: Paula Mercedes
Visagismo: Marcos Padilha
Assistente de Produção: Rafaella Blat
Produção executiva: Camila Scheffer
Produção: Dani Angelotti
Realização: Cubo Produções
Patrocínio: Porto Seguro

Sobre Fernanda Young

Embora não tenha concluído os cursos de letras, jornalismo e rádio e tv, Fernanda Young teve uma marcante carreira como atriz, escritora, apresentadora e roteirista. Entre alguns de seus livros estão, Posso Pedir Perdão, Só Não Posso Deixar De Pecar, Estragos, A Mão Esquerda de Vênus, A Louca Debaixo do Branco, O Pau, Tudo Que Você Não Soube, Vergonha dos Pés, Dores do Amor Romântico.

Na televisão, foi roteirista de vários seriados e programas de sucesso, como Os Normais (2001-2003), A Comédia da Vida Privada (1995), Os Aspones (2004), Surtadas na Yoga (2013-2014), Vade Retro (2017), Como Aproveitar o Fim do Mundo (2012), Minha Vida Nada Mole (2006-2007) e Shippados (2019).

Além disso, apresentou os programas Saia Justa (2002-2004), Irritando Fernanda Young (2006-2010), Confissões do Apocalipse (2012) e Odeio Segundas (2015). E, no cinema, participou dos roteiros dos filmes Os Normais (2003) e Os Normais 2 (2009) e Muito Gelo e Dois Dedos D’Água (2006).

Fernanda faleceu no dia 25 de agosto de 2019, aos 49 anos, devido a uma parada respiratória provocada por uma crise de asma. Ela deixou o marido Alexandre Machado e quatro filhos, Cecília Maddona, Estela May, Catarina Lakshimi e John Gopala.

Sobre Maria Ribeiro

Maria Ribeiro é atriz, escritora e diretora de cinema. Cursou jornalismo na PUC, mas já conciliava a faculdade com a carreira de atriz. No Teatro participou das peças “Confissões de adolescente”, “O inimigo do povo”, “Feliz ano velho” e “Separações”. No cinema contabiliza inúmeros filmes com destaque para “Como nossos pais (2017) de Lais Bodansky, pelo qual conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de Gramado, além de filmes como “Entre nós”, Histórias de amor duram apenas 90 minutos”, “Tropa de Elite”, entre outros.

Integrou a banca do programa de debates da GNT “Saia Justa” e várias participações em novelas como “Império” e estreia esse ano a série “Desalma” na Rede Globo.

Atualmente tem um programa de variedades na plataforma Hysteria, escreve uma coluna no jornal O Globo e viaja em turnê com o projeto Você é o que lê, com Xico Sá e Gregório Duvivier.

Sobre Mika Lins

Mika Lins tem uma longa e profícua carreira como atriz e desde 2009 tem se dedicado exclusivamente a direção teatral. Entre suas direções estão: “Dueto para Um”, de Tom Kempinski, vencedor do prêmio APCA de melhor atriz para Bel Kowarick, “Festa no Covil” de Juan Pablo Villalobos, “A Tartaruga de Darwin” de Juan Mayorga, “Tutankáton” de Otavio Frias Filho. Na televisão, dirigiu “Terradois” para a TV Cultura, com apresentação de Jorge Forbes e Maria Fernanda Candido. É diretora da Cia. Instável.

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