O Maranhão está localizado no Nordeste brasileiro, região conhecida por concentrar as mais belas praias do Brasil. Mas poucos devem saber que o Estado abrange 15 Unidades de Conservação (UC), geridas pelo governo estadual, e algumas delas são lugares perfeitos para aproveitar o turismo de forma sustentável. O ecoturismo também é uma atividade que se fortifica no Estado e a CENARIUM listou alguns lugares que valem a pena serem conhecidos pelos turistas.
O Estado, formado em parte pela Floresta Amazônica, mas com 65% de sua extensão territorial caracterizada pelo bioma Cerrado, também tem diversas opções para quem deseja conhecer e se aventurar por praias lindíssimas até em manguezais, cachoeiras, rios e até mesmo um deserto tropical.
A capital, São Luís, popularmente conhecida como “Ilha do Amor”, “Jamaica Brasileira” e “Atenas Brasileira”, tem o Centro Histórico, considerado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como “um exemplo excepcional de cidade colonial portuguesa adaptada às condições climáticas da América do Sul equatorial”, e conserva o tecido urbano harmoniosamente integrado ao ambiente que o cerca”.
O Parque Nacional da Chapada das Mesas fica no Sul do Maranhão, entre os municípios de Carolina, Riachão e Estreito, numa região que se caracteriza pela presença de morros em forma de mesetas (daí o nome do parque), esculpidos pela ação dos ventos e das chuvas. Outros diferenciais são os cursos d’água, as muitas cachoeiras, que têm como expressão máxima a de Pedra Caída, e as belas paisagens em um cenário dominado pelo Cerrado, habitat de uma fauna diversificada.
O local se transformou em uma região de forte potencial turístico no Estado e hoje é procurada por quem busca fazer passeios, tranquilidade, ter contato com a natureza e curtir esportes radicais. As cachoeiras e piscinas naturais de água cristalina, com temperaturas amenas em torno de 22° C, e em meio aos imensos paredões rochosos, são as grandes responsáveis pelo encanto que envolve o local.
Partindo da cidade de Carolina, o parque fica a 80 km, sendo que 30 km são percorridos em estrada asfaltada (BR 230, em direção a Estreito) e os 50 km restantes, em uma trilha off-road.
Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses
O local é considerado ideal para o turista que deseja ter uma experiência única de envolvimento. A área ocupa 155 mil hectares e visa preservar um fenômeno geológico raro: tecnicamente um deserto repleto de dunas de areia branca, algumas chegando a 40 metros de altura, formando um imenso lençol às margens do Oceano Atlântico, adentrando cerca de 50 Km ao continente e se estendendo por mais de 70 Km de praias desertas.
Em determinada época do ano, em função das chuvas intensas que se estendem de janeiro a julho, se formam, em meio as suas montanhas de areia branca, inúmeras lagoas de água doce e cristalina, em tons de azul e verde.
O parque está acessível por duas cidades: Barreirinhas, a Leste, e Santo Amaro do Maranhão, a Oeste. Em ambas, as agências receptivas vendem passeios que levam às maiores e mais próximas lagoas.
Delta do Parnaíba
O Delta do Parnaíba está localizado entre os Estados do Maranhão e Piauí, tendo em Parnaíba sua porta de entrada. O lugar faz parte de um roteiro integrado chamado Rota das Emoções, roteiro composto por três destinos: Lençóis Maranhenses, Delta do Parnaíba e Jericoacoara.
O Delta é onde se desemboca o Rio Parnaíba, tornando-se em canais, igarapés e ilhas próximas do mar, sendo a Ilha Grande a maior delas. Neste lugar é possível encontrar uma biodiversidade muito grande, entre as quais a fauna muito exótica, mas, também, com muitos de seus animais em extinção. Devido a isso, nessa região encontra-se a Área de Proteção Ambiental (APA) da Delta do Parnaíba.
O passeio em uma lancha com capacidade para cinco pessoas custa a partir de R$ 450 e o barco para 65 pessoas custa a partir de R$ 75 por pessoa. O acesso ao Delta do Parnaíba pode ser feito por via terrestre, marítima ou aérea. Os locais considerados porta de entrada para o Delta do Parnaíba são: Parnaíba, Teresina e Fortaleza.
FONTE: Revista Cenarium // TEXTO: Marcela Leiros
foto: reprodução internet