Nesta terça-feira (23), foi assinada em Fortaleza a ordem de serviço das obras da Transnordestina no estado. A solenidade teve  as presenças do governador Elmano de Freitas; do diretor-presidente da Transnordestina Logística SA (TLSA), Tufi Daher; do presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara; do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão; e outras autoridades.

Prioridade para o Governo Federal, o projeto da ferrovia Transnordestina inicia agora as obras nos lotes 4 e 5, com 101 km no total, entre os municípios de Acopiara, Piquet Carneiro e Quixeramobim, no Ceará.

Detalhes da Transnordestina no Ceará

• Os lotes 4 e 5 contam com investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão
• Terão 101 km
• A perspectiva é que sejam criados cerca de 1.300 postos de trabalho diretos, e 2.500 de forma indireta nas cidades da construção
• Os serviços nos lotes 4 e 5 incluem cinco milhões de metros cúbicos de movimento de terra
• Serão construidos 11 viadutos , cinco pontes e todo o sistema de drenagem, além das camadas de sublastro do corpo da ferrovia.
• no Ceará a  ferrovia contemplará uma extensão total de 608 km

Desenvolvimento para a região

A princípio inserida no contexto do Novo PAC, a ferrovia abrange uma extensão total de 1.206 km em sua linha principal. Ao mesmo tempo, atravessa 53 municípios entre Piauí, Ceará e Pernambuco. Desse modo, estabelece a conexão entre Eliseu Martins (PI) e o Porto do Pecém (CE), na Região Metropolitana de Fortaleza. Além disso, ainda conta com passagem por Salgueiro (PE). Dessa forma, a iniciativa visa transformar o Nordeste em um polo exportador de minério de ferro, estabelecendo uma ligação ferroviária entre o sertão e o litoral. A fase inicial do projeto já atingiu um progresso de 70% em sua execução.

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O governador Elmano destacou o impacto significativo do empreendimento na economia do Nordeste, especialmente nas regiões mais áridas. “Projetamos que vamos dobrar o volume de cargas no Porto do Pecém, impulsionando diversas cadeias produtivas no interior do Ceará. A Transnordestina será responsável pelo transporte de milho e soja para os produtores de leite, suínos e aves. Ao cruzar o sertão, passando pelo Cariri, Sertão Central e Maciço de Baturité, até chegar ao Porto do Pecém, a ferrovia abrirá novas oportunidades para exportação, beneficiando também nosso polo calçadista”, afirmou.

No território cearense, a ferrovia contemplará uma extensão de 608 km, operando com três terminais de carga. Um desses terminais, com foco em grãos, será entre Iguatu e Quixadá. Enquanto isso, a definição dos locais para os outros dois terminais – um para combustíveis e outro a fertilizantes – ainda está pendente.