Literatura de Cordel vira Patrimônio Imaterial da Paraíba

Literatura de Cordel. Todo: Governo Federal
Literatura de Cordel. Todo: Governo Federal

A Literatura de Cordel foi oficialmente reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Paraíba. A Lei 13.605, de autoria da deputada Cida Ramos, foi sancionada pelo governador no último dia 2 de abril e publicada na edição desta quinta-feira no Diário Oficial do Estado.

A princípio, o texto estabelece a Literatura de Cordel como relevante forma de manifestação cultura e de identidade do Estado da Paraíba, além de destacar a importância do cordel na preservação da memória, história e tradições do povo paraibano.

Tradicionalmente impresso em folhetos e declamado em feiras e praças, o cordel carrega temas diversos, desde relatos históricos até críticas sociais e sátiras do cotidiano. Autora da proposta, a deputada Cida Ramos argumentou que a Literatura de Cordel representa um dos mais ricos e significativos patrimônios da cultura popular nordestina, sendo especialmente enraizada na Paraíba, reconhecida como o berço dessa forma literária.

“Foi em solo paraibano, no município de Pombal, que nasceu Leandro Gomes de Barros. Uma figura icônica e pioneira do cordel, considerado o “pai do cordel brasileiro” por pesquisadores renomados como Câmara Cascudo, Ariovaldo Vianna e Bráulio Tavares. Sua obra revolucionou a poesia popular, contribuindo para a formação de uma identidade cultural única, enaltecendo as histórias e vivências do povo nordestino e, mais amplamente, brasileiro”.

Ariovaldo Vianna
Ariovaldo Vianna
Característica Descrição
Origem Surgiu no século XIX no Nordeste brasileiro.
Formato Folhetos de papel com versos rimados, geralmente ilustrados com xilogravuras.
Temas Histórias populares, fatos históricos, críticas sociais e humor.
Importância cultural Forma de preservação da memória e tradições nordestinas.
Principais autores Patativa do Assaré, Leandro Gomes de Barros, Silvino de Pirauá, João Martins de Athaide, José Camelo de Melo Resende, José Melchiades Ferreira da Silva, Maria das Neves Batista Pimentel, entre outros.

 

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