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LightHouse reforça atuação no Nordeste e mira setores tecnológicos em expansão

A LightHouse Investimentos, casa de venture capital especializada em apoiar startups e negócios inovadores nas regiões Norte e Nordeste, anunciou a chegada de seu novo sócio, Flavio Marinho, profissional com mais de 25 anos de ...
Eliseu Lins, da Agência NE9
15 de novembro de 2025 - às 10:06
Atualizado 15 de novembro de 2025 - às 10:06
5 min de leitura
Nordeste tem setores estratégicos de investimentos que estão transformandoa região. Imagem futuristicas IA
Nordeste tem setores estratégicos de investimentos que estão transformandoa região. Imagem futuristicas IA

A LightHouse Investimentos, casa de venture capital especializada em apoiar startups e negócios inovadores nas regiões Norte e Nordeste, anunciou a chegada de seu novo sócio, Flavio Marinho, profissional com mais de 25 anos de experiência em inovação, pesquisa tecnológica e empreendedorismo industrial.

A entrada de Marinho ocorre em um momento estratégico: a gestora acaba de lançar seu segundo Fundo de Investimentos em Participações, estruturado com base nas normas da Lei de Informática da SUFRAMA, ampliando sua atuação e capacidade de investimento em startups deep tech e negócios de alto impacto.

Flavio Mariho foto divulgação

Quem é o novo sócio: experiência nacional e internacional

Flavio Marinho acumula passagens de destaque pelo Departamento Nacional do SENAI, em Brasília, e pelo Senai Cimatec, onde atuou por mais de 12 anos e contribuiu para transformar a instituição em um dos maiores centros de tecnologia e P&D do Brasil.

No Cimatec, participou diretamente da criação do Cimatec Startups, programa com forte vocação para deep techs — empresas que desenvolvem soluções derivadas de ciência de fronteira, como IA avançada, biotecnologia e materiais de alta performance.

Marinho também tem trajetória acadêmica interdisciplinar, com doutorado pela Universidade Cimatec e período como pesquisador visitante no MIT, nos Estados Unidos, estudando ecossistemas globais de inovação.

Missão na LightHouse

O novo sócio assume o desafio de acelerar a expansão da LightHouse e contribuir na estruturação de novos veículos de investimento.

“A LightHouse nasceu com uma visão clara de transformar o ecossistema de inovação do Nordeste. Quero somar novas competências, criar empreendimentos sustentáveis e impulsionar negócios capazes de redefinir setores inteiros”, afirma Marinho.

Segundo ele, o foco em deep techs segue como um dos pilares da gestora: “São negócios arriscados do ponto de vista tecnológico, mas com enorme potencial de impacto social, ambiental e econômico”.

LightHouse cresce e se consolida no mercado de inovação

Fundada em 2017, a LightHouse iniciou sua atuação com o compromisso de fortalecer o ecossistema de inovação nordestino. Em 2023, lançou seu primeiro fundo, de R$ 100 milhões, que já investiu em sete startups e deverá alcançar entre 12 e 15 investidas ao final do ciclo.

Os resultados preliminares são considerados altamente promissores, com projeção de retorno superior a 76% ao ano.

Agora, a gestora avança com seu segundo fundo, desta vez dedicado à Região Norte, reforçando sua presença nas duas macrorregiões mais estratégicas para o crescimento da inovação brasileira.

Para ampliar a captação de boas oportunidades, a empresa mantém o LightHouse Hub, um dos maiores hubs de inovação do Norte e Nordeste, além de integrar dezenas de outros ambientes de inovação nas duas regiões.

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Setores de tecnologia em alta no Nordeste: onde a LightHouse pode mirar seus próximos investimentos

Com a chegada de Flavio Marinho e a ampliação do segundo fundo, a LightHouse deve intensificar sua atuação em segmentos que vêm crescendo rapidamente no Nordeste. Entre eles:

1. Inteligência Artificial aplicada à indústria e ao agronegócio

Soluções de automação, análise de dados, previsão climática e eficiência produtiva têm ganhado força especialmente no semiárido.

2. Energias renováveis e tecnologias limpas (Climate Tech)

O Nordeste é líder nacional em energia eólica e solar, abrindo espaço para startups de armazenamento energético, hidrogênio verde e eficiência energética.

3. Saúde digital e biotecnologia

Com centros como o Cimatec e polos de saúde em Pernambuco e Ceará, a região avança em biofármacos, dispositivos médicos e saúde preditiva.

4. Tecnologias para cidades inteligentes

Soluções de mobilidade, segurança urbana, gestão hídrica e digitalização de serviços públicos têm alta demanda.

5. Economia do mar e tecnologia para o litoral (Blue Tech)

A extensa costa nordestina abre espaço para inovação em aquicultura, conservação marinha, logística portuária e sensores ambientais.

6. Indústria 4.0 e automação avançada

O setor industrial baiano e cearense demanda startups especializadas em robótica, IoT, digital twins e sistemas de monitoramento.

A chegada de Flavio Marinho marca uma nova fase da LightHouse Investimentos, que reforça sua estratégia de transformar o Nordeste em polos nacionais de inovação. Com a expansão do portfólio, novos fundos e atuação em setores tecnológicos de ponta, a gestora se posiciona como uma das principais impulsionadoras do avanço científico e do empreendedorismo de alto impacto no país.

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Eliseu Lins

Eliseu Lins é baiano de nascimento e paraibano de coração. Jornalista formado na UFPB, tem mais de 20 anos de atuação na imprensa do Nordeste. É pós-graduado em jornalismo cultural e ocupa o cargo de editor-chefe do NE9 desde 2022.