Você já se perguntou quem foi realmente Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, o cangaceiro mais famoso da história brasileira? E já se questionou a imagem de herói popular que muitas vezes é atribuída a ele? E já se indignou com a forma como ele é celebrado em eventos culturais, como se fosse um símbolo de resistência e de justiça social?
Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas, você precisa conhecer novas teroias que estão reacendo essa discussão. A princípio, um exemplo disso é o livro Da Silva: A Grande Fake News da Esquerda, do jurista e professor Tiago Pavinatto. Ele apresenta novas teorias para tentar desvendar a verdadeira história de Lampião.
Pavinatto apresenta detalhes de crimes cometidos por Lampião e sua quadrilha, que aterrorizaram o Nordeste brasileiro nas décadas de 1920 e 1930. Com base em uma pesquisa rigorosa, que envolveu fontes nacionais e internacionais, o autor descreve os crimes de roubo, estupro, assassinato, tortura, extorsão e sequestro que marcaram a trajetória do cangaceiro.
O que mais tem no livro sobre Lampião?
O livro também expõe as relações políticas de Lampião. E sugere que usaram ele como um instrumento por diversos grupos e interesses, desde coronéis até comunistas. O autor defende a tese de que o altruísmo de Lampião é uma Fake News criada e difundida pelo comunismo brasileiro, liderado por Luís Carlos Prestes, que tentou aproveitar o cangaço para promover a revolução social.
Além disso, o livro questiona a forma como Lampião virou um mito, que recebeu homenagens e honrarias em diversos meios, como o cinema, a literatura, a música e o Carnaval. O autor critica essa distorção histórica, que ignora o sofrimento e a memória das vítimas de Lampião e seu bando, e que contribui para a perpetuação de uma visão romantizada e falsa de um personagem que foi um verdadeiro psicopata.
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Livro sobre Lampião revolta filha do cangaceiro
No entanto, o livro também gerou controvérsia e polêmica, especialmente entre os admiradores e descendentes de Lampião. Expedita Ferreira Nunes, a única filha do cangaceiro com Maria Bonita, está processando o professor, jurista e escritor Tiago Pavinatto por termos utilizados no livro para definir a índole do pai. Ela pede uma indenização de R$ 245 mil por conta do uso de expressões como “psicopata”, “ladrão”, “torturador”, “golpista”, “sequestrador” e “terrorista mercenário”.
Ao mesmo tempo, o autor, afirma que não teme o processo e que está respaldado pela liberdade de expressão e pela veracidade dos fatos que apresenta em seu livro. Ele diz que não tem a intenção de ofender ninguém, mas sim de esclarecer a história e de fazer justiça às vítimas de Lampião. Ele também diz que espera que o livro sirva para abrir um debate saudável e democrático sobre o tema.
E você, o que acha dessa polêmica? Você concorda ou discorda da visão do autor sobre Lampião? E não se esqueça de compartilhar esse post com seus amigos! Até a próxima!
Foto: Biblioteca Nacional