Projeto idealizado pelo bloco carioca Flor de Lis faz uma viagem às raízes culturais do cantor e compositor Djavan
“Não há quem não morra de amores pelo meu lugar”. A canção-título do alagoano Eliezer Setton traduz o sentimento das pessoas que vivem aqui, dos que já tiveram o prazer de visitar Alagoas e até de quem nunca esteve por essas bandas, mas se apaixonou só de ouvir falar. É esse sentimento que move o projeto “Junho Alagoano”, idealizado pelo bloco carioca Flor de Lis, com apoio da Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac), com a participação de mais de 30 artistas locais.
Além das praias paradisíacas, a riqueza das manifestações culturais alagoanas são um atrativo a mais. De Alagoas já saíram nomes de destaque mundo afora e que se tornaram notáveis tanto na música quanto na literatura, política, história, teatro, artes plásticas, artes cênicas, no esporte, e por aí vai. Anota aí, que a lista é extensa:
Graciliano Ramos (escritor), Aurélio Burque de Holanda (dicionarista), Teotonio Vilea (senador), Nise da Silveira (médica psiquiatra), Cacá Digues (cineasta), Hermeto Pascoal (músico), Marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoro (1º e 2º presidentes do Basil, respectivamente), Zagallo (esportista), Zumbi (líder negro que fundou o Quilombo dos Palmares) e, claro, Djavan, que tão bem nos representa no cenário musical. Isso, só para citar alguns.
O projeto
E foi essa paixão que inspirou os fundadores do bloco de carnaval Flor de Lis (@blocoflordelis) a lançarem o “Junho Alagoano”, um projeto voltado exclusivamente para a nossa cultura, com transmissão pela internet.
Criado no Rio de Janeiro, em 2018, o Bloco Flor de Lis surgiu com a intenção de homenagear o alagoano mais querido da cidade – Djavan. E, desde o início da quarentena por causa da pandemia da Covid-19, o bloco tem organizado uma série de lives com foco na trajetória artística do compositor.
Depois do sucesso do projeto “Ouvindo Djavan na Quarentena”, realizado desde março, a turma se prepara agora para lançar o “Junho Alagoano”, com o apoio da Fmac. A programação é toda voltada para a cultura local e conta com a participação de mais de 30 artistas da terra.
Durante todo o mês, nossa música, história, literatura, artesanato, gastronomia, dança, cinema, fotografia, poesia, sociologia, agroecologia e teatro serão o foco de bate-papos bem interessantes com grandes nomes, em suas respectivas áreas.
A programação tem início na terça-feira (2), às 10h, com Rodrigo Aragão representando a culinária alagoana, e vai até o dia 30 de junho, sempre de terça a domingo.
Para coroar a programação do Junho Alagoano, o Flor de Lis traz aos fãs de Djavan um bate-papo histórico com a lendária banda Sururu de Capote, que acompanhou o artista por quase dez anos e fez parte dos momentos mais importantes de sua carreira. É muita história para contar. A live será na quarta-feira (3), às 16 horas, no canal do bloco no Youtube.
TEXTO – Soraya Leite
FONTE – Ascom FMAC