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João Pessoa será a 1ª cidade do Brasil a ter uma escola de paraciclismo

A capital paraibana, João Pessoa, vai entrar para a história do esporte brasileiro com a criação da primeira escola de paraciclismo do país, um projeto inovador que une inclusão social, acessibilidade e formação esportiva. O ...
Redação NE9 Nordeste, da Agência NE9
17 de outubro de 2025 - às 06:26
Atualizado 17 de outubro de 2025 - às 06:26
4 min de leitura

A capital paraibana, João Pessoa, vai entrar para a história do esporte brasileiro com a criação da primeira escola de paraciclismo do país, um projeto inovador que une inclusão social, acessibilidade e formação esportiva. O anúncio é do prefeito Cícero Lucena e ocorreu durante o Campeonato Mundial de Paraciclismo.

Durante o evento, o gestor pessoense recebeu uma homenagem da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em reconhecimento ao trabalho contínuo de incentivo ao esporte, especialmente às modalidades voltadas para pessoas com deficiência.

O que é o paraciclismo

A princípio, o paraciclismo é uma modalidade esportiva adaptada do ciclismo tradicional, voltada para pessoas com deficiência física, visual ou motora. O esporte é dividido em categorias que utilizam bicicletas convencionais, triciclos, handbikes (bicicletas de mão) e tandems (bicicletas duplas), de acordo com o tipo e o grau de limitação dos atletas.

Reconhecido oficialmente pelo Comitê Paralímpico Internacional, o paraciclismo faz parte dos Jogos Paralímpicos e tem crescido significativamente no Brasil, revelando talentos e promovendo a inclusão por meio do esporte.

João Pessoa como referência nacional

A criação da primeira escola de paraciclismo do Brasil em João Pessoa representa um marco histórico para o movimento paralímpico. Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro, a capital paraibana foi escolhida pela infraestrutura acessível, políticas de incentivo ao esporte e protagonismo em eventos ciclísticos nacionais.

“Receber essa escola em João Pessoa é uma grande honra. Significa que estamos no caminho certo ao promover o esporte como ferramenta de cidadania, acessibilidade e superação. É motivo de orgulho saber que nossa cidade será referência para o Brasil”, afirmou o prefeito Cícero Lucena.

A unidade vai oferecer treinamento especializado, atividades de reabilitação e formação de novos paratletas, funcionando como modelo para outras cidades brasileiras. A proposta é ampliar o acesso ao esporte e fortalecer o movimento paralímpico nacional.

Reconhecimento e protagonismo esportivo

O destaque de João Pessoa no cenário esportivo não é recente. Em setembro, a cidade sediou a 3ª etapa da Copa Brasil de Paraciclismo, competição que integra o calendário oficial da CBC e soma pontos para o ranking mundial.

Ao mesmo tempo, o evento reuniu atletas de todo o país em provas de contrarrelógio e resistência. Dessa forma, reforça o papel da capital paraibana como referência na organização de competições inclusivas. Além disso, João Pessoa também é palco da Gran Fondo Brasil, uma das maiores provas de ciclismo do mundo, que ocorre pelo quinto ano consecutivo na cidade.

Esporte, acessibilidade e futuro

A criação da Escola de Paraciclismo integra as ações da Secretaria de Juventude, Esporte e Recreação (Sejer). O órgão vem investindo em infraestrutura esportiva acessível, apoio a grandes eventos e formação de atletas.

Assim, essas iniciativas fazem parte do compromisso da Prefeitura com uma João Pessoa mais inclusiva, saudável e participativa. Desse modo, a visão que a gestão tem com o esporte é um instrumento de transformação social.

“Essa conquista reforça o papel do esporte como ferramenta de reabilitação, inclusão e oportunidade. João Pessoa dá um passo à frente e inspira o país a olhar o paradesporto com o valor que ele merece”, destacou o secretário da Sejer.

Um marco para o esporte brasileiro

Com a nova escola, João Pessoa se consolida como pioneira em políticas públicas de esporte inclusivo, fortalecendo sua imagem de cidade modelo em qualidade de vida e acessibilidade. O projeto deve inspirar outras capitais nordestinas a investir em infraestrutura e formação voltadas ao paradesporto, impulsionando o crescimento do setor em toda a região.

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