Irmã Dulce agora é uma das heroínas da pátria. Isso porque o presidente Lula sancionou a lei que inclui a baiana, que agora é chamada de Santa Dulce dos Pobres, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, guardado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.
Na justificativa da matéria que concedeu a honraria para a nordestina, o exemplo de Irmã Dulce é citado como referência não apenas para os católicos, mas como símbolo universal de amor e dedicação ao outro e de luta pela justiça social. Por sua atuação, ela também ficou conhecida como “O Anjo Bom da Bahia”.
“Essa notável mulher, brasileira e nordestina, mostrou ao País e ao mundo que é possível fazer muito com muito pouco”, justificaram os legisladores.
Quem foi irmã Dulce?
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em Salvador, Bahia, em 26 de maio de 1914. Aos 13 anos, com o apoio de seu pai, começou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família num centro de atendimento à população carente.
Foi nessa época que começou a se dedicar à vida religiosa. Ela entrou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe, e adotou o nome de Irmã Dulce.
Em 1949, fundou um albergue improvisado em um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio, em Salvador. Esse albergue deu origem ao Hospital Santo Antônio, hoje o maior da Bahia mantido por uma organização social. Dez anos depois, foi instalada oficialmente ali a Associação Obras Sociais Irmã Dulce e, no ano seguinte, inaugurado o Albergue Santo Antônio.
Irmã Dulce faleceu aos 77 anos de idade, em 13 de março de 1992. Canonizada pelo Papa Francisco em 13 de outubro de 2019, recebeu o título de Santa Dulce dos Pobres, se consagrando como a primeira santa mulher nascida no Brasil.