O Grupo de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024, ajustando a previsão de 2,2% para 3,3%.
Para o ano de 2025, a previsão de crescimento foi levemente alterada de 2,3% para 2,4%.
O documento aponta que, ao contrário do esperado em junho, os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul sobre o PIB agregado foram temporários e se dissiparam rapidamente. Dados conjunturais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, apesar da volatilidade no segundo trimestre, com quedas acentuadas em maio e recuperações expressivas em junho, o efeito sobre a economia nacional foi limitado.
O desempenho do mercado de trabalho, aliado a condições mais favoráveis de crédito, ajudou a sustentar o crescimento nas vendas de bens e serviços às famílias, que se mantêm como o principal motor da economia em 2024, segundo o Ipea.
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Além disso, após um 2023 considerado fraco, a demanda por bens de capital teve uma recuperação importante, contribuindo para a melhora na indústria de transformação, ainda que o ritmo de crescimento seja moderado.
Consequentemente, as importações continuam a crescer, acompanhando a aceleração do consumo aparente de bens industriais, que supera o ritmo da produção física nacional. No entanto, as exportações, que tiveram um papel significativo no crescimento do PIB em 2023, agora mostram sinais de desaceleração.
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