Temas relacionados ao gás natural foram destaque durante mais uma etapa do evento
Ontem aconteceu o segundo e último dia do evento Sergipe Oil & Gas 2023, realizado no Vidam Hotel, situado em Aracaju. Com um calendário abrangente, a manhã foi dedicada a apresentações que abordaram a variada gama de recursos que o estado disponibilizará no campo do petróleo e gás, bem como à infraestrutura local para o transporte e distribuição de gás. A segunda edição deste evento é organizada pelas empresas BrainMarket Inteligência de Mercado e Eolus, em colaboração com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas de Sergipe (Sebrae), e conta com o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Ciência e Tecnologia (Sedetec).
A sessão matinal teve início com uma exposição sobre os ‘Desafios e Oportunidades para Micro e Pequenas Empresas’, conduzida por Antônio Batista, consultor do Sebrae Sergipe. Segundo ele, “Sergipe representa a integração energética, visto que aqui se encontram harmoniosamente diversas fontes de energia a coexistir e a investir, expandindo os investimentos. Temos biocombustíveis, petróleo tanto em terra como no mar. Do ponto de vista energético, o estado é extremamente privilegiado. Isto tudo cria oportunidades de negócio. Muitos investimentos nesta indústria passam por Sergipe e os empreendedores podem procurar o Sebrae para melhor se prepararem.”
A sequência tratou do tema da ‘Abertura do Mercado de Gás’, com uma palestra proferida por Tiago Santovito, o diretor executivo de gás natural do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). De acordo com Santovito, “existem oportunidades para todos. O IBP é uma instituição com 65 anos de trabalho no desenvolvimento do setor de petróleo e gás, com foco em tornar este setor cada vez mais competitivo e sustentável. Nosso objetivo é que o Brasil se torne uma referência mundial na exploração de petróleo e gás.”
Valmor Barbosa, secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Ciência e Tecnologia, destacou que o evento foi crucial para enriquecer o debate em torno deste segmento no estado. Segundo ele, “foram abordados temas muito relevantes e diversificados durante mais uma manhã de Sergipe Oil & Gas. Estes temas sem dúvida acrescentaram muito a todos os participantes do evento. Sergipe está cada vez mais posicionado como uma potência nesta área, algo que todos os presentes têm testemunhado.”
Uma oferta substancial de gás requer, por sua vez, uma infraestrutura adequada para o seu transporte e distribuição. Falando sobre a ‘Conexão do Terminal GNL e as Perspetivas de Novos Negócios para a Interiorização do Gás no Estado’, Ovídio Quintana, representante da Transportadora Associada de Gás (TAG), destacou a construção do gasoduto que ligará o Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Eneva à rede da TAG. A discussão foi mediada por Hiro Hayasi e contou com a presença de Álvaro Moraes, diretor técnico comercial da Sergas.
Álvaro Moraes declarou: “Estamos trabalhando para expandir o fornecimento de gás e, para isso, precisamos ser competitivos e conhecer o mercado. Sergipe terá oferta tanto em terra como no mar, e nossa missão é deixar uma quantidade significativa de gás aqui para promover o desenvolvimento do estado. Atualmente, o mercado de petróleo e gás está mais aberto, além da Petrobras. Acreditamos que uma maior oferta trará liquidez para o mercado. Estudos estão sendo realizados para avaliar a viabilidade de expandir a distribuição de gás.”
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Em relação ao fornecimento de gás, empresas como a Eneva têm a perspectiva de atrair indústrias intensivas em gás natural, como referiu Glauco Campos, gerente-geral da empresa, durante o último painel da manhã. Ele destacou que “Sergipe apoia o desenvolvimento e oferece um ambiente acolhedor para novos investimentos, com o estado a atuar como parceiro. Somos os maiores produtores onshore de gás natural no país, temos a segunda maior capacidade de geração termelétrica e a quinta maior capacidade de geração de energia. A conexão do Terminal GNL à rede nacional de transporte de gás permitirá novos modelos de negócio com fornecimento garantido. A nossa operação no Terminal GNL vai contribuir para transformar Sergipe num centro de Gás Natural.”
Indústrias intensivas em gás natural, como as de petroquímica, fertilizantes, cerâmica e vidro, entre outras, encontrarão suprimento de gás nesses esforços. Um painel sobre as ‘Oportunidades para a Instalação de Novas Empresas no Estado’ contou com a participação de Marcelo Menezes, secretário executivo da Sedetec, Manoel Carnaúba, consultor, e Luiz Fernando Quilici, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (Aspacer).
Menezes concluiu: “No ano passado, muitos planos estavam em discussão e este ano muitos deles já se concretizaram. Os intervenientes percebem que o cenário que se delineava está a confirmar-se, solidificando o papel de Sergipe como centro de Gás no Nordeste. Quero agradecer aos organizadores por proporcionarem este excelente evento, aos patrocinadores e aos participantes. O evento está a crescer e a ganhar uma nova dimensão, estabelecendo Sergipe como um elemento permanente na agenda do setor de petróleo e gás.”
REDAÇÃO com Assessoria