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Indústria de alimentos mantém trajetória de retomada

Pesquisa mensal da Abia aponta: entre janeiro e maio deste ano as vendas reais do setor apresentaram expansão de 2,1%

Nos cinco primeiros meses de 2021 a indústria de alimentos manteve a trajetória de gradual retomada de atividade, movimento iniciado no segundo semestre do ano anterior. As exportações continuaram sendo o principal destaque, mantendo a taxa de crescimento, enquanto as vendas no mercado interno, influenciadas pelo ritmo de expansão mais moderado da economia do país no primeiro trimestre, passaram por uma fase de acomodação.

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De acordo com pesquisa mensal da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), entre janeiro e maio deste ano as vendas reais do setor (mercados interno e externo) apresentarem expansão de 2,1% e a produção física (base volume) de 2,5%, comparativamente ao período homólogo. O desempenho acumulado nos últimos 12 meses, até o mês de maio, ficou próximo ao do fechamento de 2020: as vendas reais apresentaram alta de 3,9% e a produção física (em volume), de 1,7%.

Apenas no mercado interno, as vendas reais da indústria de alimentos ficaram relativamente estáveis de janeiro a maio, com alta de 0,5% ante o mesmo período do ano anterior. “Este desempenho foi influenciado pela lenta retomada das vendas do canal food service (alimentação fora de casa), diante das restrições à circulação de pessoas e aos horários de funcionamento dos estabelecimentos e uma acomodação nas vendas do varejo alimentar”, explica o presidente da Abia, João Dornellas.

O dirigente afirma que, para os próximos meses, a perspectiva em relação às vendas direcionadas ao mercado interno é de melhoria no desempenho, puxadas, principalmente, pela geração de emprego e renda a partir da retomada do setor de serviços.

Exportações e importações
Já no que diz respeito às exportações de alimentos industrializados nos cinco primeiros meses do ano, manteve-se o ritmo de crescimento observado em meses anteriores. A economia mundial em processo de retomada de atividade e o cenário de preços firmes dos alimentos no mercado internacional estimularam as vendas do setor. Ente janeiro e maio de 2021 as exportações totalizaram US$ 16,55 bilhões, valor 17,1% acima do verificado no mesmo período de 2020. Em volume, a expansão foi de 23,9%.

Entre os principais produtos da pauta exportadora da indústria de alimentos, os maiores destaques foram as carnes, com US$ 7,28 bilhões (+5,7%), o açúcar, com US$ 3,35 bilhão (+44,7%), o farelo de soja, com US$ 3,05 bilhão (+20,4%) e o grupo dos óleos e gorduras, com US$ 922,4 milhões (+82,9%).

A China se destaca como principal parceiro: as exportações de alimentos industrializados para este país alcançaram o valor recorde de US$ 3,43 bilhões nos primeiros cinco meses do ano, alta de 23,8% em relação ao mesmo período de 2020. Os produtos que mais contribuíram para este crescimento foram as carnes, com US$ 2,62 bilhões, alta de 4,8%, e o açúcar com US$ 342,6 milhões, com expansão de 109,7%.

Para a União Europeia, as exportações recuperaram-se da queda observada no início do ano, totalizando US$ 2,31 bilhão, alta de 7,1% em relação aos primeiros cinco meses de 2020. O principal destaque foi o farelo de soja, que alcançou US$ 1,32 bilhão, com alta de 10,2%.

As importações de alimentos industrializados totalizaram US$ 2,30 bilhões entre janeiro e maio de 2021, uma expansão de 23,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O grupo dos óleos e gorduras vegetais exibiram a maior taxa de crescimento, +48,7%, alcançando US$ 618,4 milhões.

Principais desafios
Os principais desafios para a indústria de alimentos continuam sendo as pressões de custos, associadas aos preços da commodities agrícolas. Em maio de 2021 o índice de commodities agrícolas da FAO foi 39,7% acima do registrado em maio de 2020, atingindo o maior valor desde novembro de 2011, quando a economia mundial se recuperava da crise de anos anteriores.

“Além disto, importantes insumos utilizados na produção de embalagens de alimentos, caso das resinas plásticas (polietileno e polipropileno) e da folha de flandres, utilizadas na produção de embalagens plásticas e metálicas, seguem com quadro de oferta restrita no mercado interno e preços elevados, pressionando os custos de produção”, ratifica Dornellas, lembrando que a melhoria da disponibilidade interna destes importantes insumos segue dependente da aprovação dos pleitos de redução do imposto de importação.

Fonte: FSB

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