Salvador recebe nesta terça-feira (11) o primeiro encontro de bibliotecários comunitários de regiões do Nordeste do país. Promovido pela Fundação Gregório de Matos (FGM), o Encontro de Bibliotecas Comunitárias do Nordeste foi realizado de forma híbrida, com transmissão online, e de forma presencial, no Teatro Gregório de Matos (TGM), no Centro de Salvador.
O evento contou com apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelas bibliotecas comunitárias junto à população, e discutiu ações para fortalecer estruturas semelhantes, além da criação de políticas públicas voltadas para a área.
O encontro teve representantes da biblioteca Livro Livre Curió, em Fortaleza, Talles Azigonda; a representante da Biblioteca Popular do Coque, em Recife, Maria Betânia Andrade; da BC Semente Literária, em São Luís, além de representantes de bibliotecas comunitárias de Salvador.
O presidente da FGM, Fernando Guerreiro, disse que os trabalhos desenvolvidos pelas bibliotecas comunitárias possuem uma enorme potencialidade.
“A leitura em nosso país, infelizmente, ainda é um grande desafio, principalmente, se pensarmos nas diversidades de plataformas tecnológicas de estímulo e dispersão que temos hoje”, disse.
“O ato de ler virou um verdadeiro desafio e essas bibliotecas trazem a oportunidade de desenvolver esse trabalho de estímulo à leitura nas comunidades. Esperamos que o encontro gere bons frutos e boas ideias”, completou Guerreiro.
Gerente de Biblioteca e Promoção do Livro e Leitura, da FGM, Jane Palma, destacou que as bibliotecas são pontos de convergências e de vivências comunitárias.
“Percebo nesses cinco anos de trabalho desenvolvido na FGM que as bibliotecas comunitárias têm ações divididas entre escola, casa e comunidade. O mais interessante é que conseguem agregar os jovens dentro de todas as ações que realizam, como, por exemplo, ações culturais e sociais”.
Uma das experiências relatadas no evento foi a de Solange Sousa, representante da biblioteca comunitária Clementina de Jesus, em Alagados, no final de linha do Uruguai, em Salvador. Ela contou que o trabalho desenvolvido na unidade, há 27 anos, envolve mediações de leituras, contação de histórias, entre outras atividades.
“O processo desenvolvido pelas bibliotecas comunitárias é transformador. A partir do momento que damos direito de acesso à leitura para essa comunidade, estamos, também, contribuindo para o desenvolvimento social dela”.
De acordo com a FGM, atualmente, Salvador tem 14 bibliotecas comunitárias e mais de 50 mil acervos de livros.
FONTE: Do G1/BA