Governo regulamenta ampliação do Minha Casa, Minha Vida para classe média

Programa MInha Casa Minha Vida foto Gov Federal
Programa MInha Casa Minha Vida foto Gov Federal

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quarta-feira (30) a regulamentação necessária para viabilizar a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida, agora estendido a famílias com renda mensal de até R$ 12 mil. A decisão representa um avanço significativo na política habitacional do país, com foco na classe média brasileira.

O que muda com a nova faixa do Minha Casa, Minha Vida?

A regulamentação elimina os últimos entraves para a operação da nova faixa do programa, garantindo condições iguais de financiamento — seja com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), seja com verbas do Fundo Social do Pré-Sal ou de fontes próprias dos bancos.

Confira abaixo os principais detalhes da nova faixa:

AspectoNova Faixa (até R$ 12 mil)
Renda mensal familiarAté R$ 12.000
Juros nominais10,5% ao ano
Número de parcelasAté 420 (35 anos)
Limite de financiamentoAté R$ 500.000
Tipo de imóvelNovos e usados
Fontes de recursosFGTS, Fundo Social, LCI e poupança
Tarifa de financiamentoMesmas condições do FGTS para imóveis de igual valor

Ampliação da Faixa 3 com recursos do Fundo Social

O programa Minha Casa, Minha Vida ajuda os brasileiros a realizar o sonho da casa própria. (Tomaz Silza/Agência Brasil)

Um dos votos aprovados pelo CMN autoriza o uso de recursos do Fundo Social do Pré-Sal para financiar imóveis da Faixa 3 do programa — que abrange famílias com renda entre R$ 4.700,01 e R$ 8,6 mil. Essa categoria não recebe subsídios diretos, mas conta com taxas de juros reduzidas: atualmente, 8,16% ao ano + TR, com desconto de 0,5 ponto percentual para cotistas do FGTS.

A medida garante que as condições de financiamento com dinheiro do Fundo Social sejam idênticas às praticadas nas operações com FGTS.

Combinação de fontes de crédito

O segundo voto aprovado permite que instituições financeiras combinem recursos do FGTS com fundos próprios, como os provenientes da caderneta de poupança e das Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Essa flexibilidade amplia a capacidade de financiamento do sistema bancário, sem alterar as tarifas para o consumidor final.

Compromisso com a habitação e a economia

Em nota oficial, o Ministério da Fazenda destacou que a ampliação do Minha Casa, Minha Vida reafirma o compromisso do governo federal com a redução do déficit habitacional e com a melhoria do acesso ao crédito para a classe média.

“As propostas reforçam um modelo eficiente, justo e acessível, promovendo mais previsibilidade, equilíbrio regulatório e dinamismo para o setor da construção civil”, diz o comunicado.

A reunião do CMN foi presidida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e contou com a presença do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e da ministra do Planejamento, Simone Tebet.

Entenda o contexto da nova faixa

A proposta da nova categoria foi anunciada no início do mês pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde então, o programa passou por etapas de aprovação. No último dia 15, o Conselho Curador do FGTS autorizou o aumento do teto de renda e o uso de excedentes do fundo para a Faixa 4. Já no dia 25, o Ministério das Cidades publicou a portaria que oficializa as novas faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida.

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