O governo federal, através do presidente Lula, está buscando encerrar as greves dos docentes de universidades e institutos federais. Para isso, uma nova proposta de reajuste salarial entrará em pauta. Em reunião realizada nesta quarta-feira (15), foi apresentada uma oferta adaptada que prevê aumentos diferenciados por nível da carreira, com variação entre 13,3% e 31%. A intenção é assinar o acordo no próximo dia 27 de maio.
Como ficam os reajustes?
A proposta de reajuste salarial zero em 2024 foi mantida, mas a novidade está nos anos seguintes, onde os aumentos serão distribuídos de forma diferenciada conforme a classe e o nível da carreira dos professores. Isso significa que cada categoria terá um índice específico de aumento, com a menor correção sendo de 13,3% e a maior de 31%.
O que dizem os representantes?
O secretário de Relações de Trabalho do governo, Jose Lopez Feijó, defende a proposta como favorável aos trabalhadores da educação, destacando que, até 2026, os reajustes podem acumular entre 23% a 43%. Ele ressalta que além da recomposição da inflação prevista para o mandato, há uma importante recuperação de perdas dos governos anteriores.
Por outro lado, Gustavo Seferian, presidente do Andes, destaca a possibilidade de negociação, ressaltando que a devolutiva do governo após as reuniões foi satisfatória.
E os técnicos-administrativos?
Os servidores técnico-administrativos em educação também têm demandas específicas, incluindo um reajuste zero em 2024 e a busca por um piso remuneratório equivalente a três salários mínimos. As negociações com esse grupo seguem em paralelo.
Próximos passos
As entidades representativas dos professores e técnicos-administrativos começam a reunir suas assembleias para consultar as bases sobre os novos termos da proposta. Enquanto alguns setores cogitam radicalizar as greves, outros já sinalizam um acordo com o governo.
Conclusão
Em suma, a expectativa agora é que as partes envolvidas cheguem a um consenso que atenda às demandas dos profissionais da educação e permita o encerramento das greves que afetam instituições federais em todo o país. A assinatura do acordo, marcada para 27 de maio, pode representar um importante avanço nas negociações e na valorização dos docentes e servidores técnicos-administrativos em educação.