A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) quer antecipar algumas das obras previstas para o escoamento da geração de energia produzida na área sul do Nordeste. Antes de mais nada, o orgão é ligado ao Ministério de Minas e Energia e dessa forma quer reforçar a estrutura do Sistema Interligado Nacional.
Assim, solucionando algumas restrições locais de conexão. Dessa forma poderá, inclusive, viabilizar futuros projetos de geração de energia na região.
A recomendação consta do Estudo de Escoamento de Geração da Região Nordeste – Volume I – Área Sul. O levantamento foi detalhado hoje (19) para agentes do setor elétrico (associações, agentes de geração e transmissão) em evento online organizado pela EPE e pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Além de apresentar premissas e soluções, o evento mostrou o encadeamento deste estudo com outros que estão em andamento. Segundo a EPE, este é o primeiro de uma série de três volumes de estudos que apresentam recomendações visando reforçar a estrutura do Sistema Interligado Nacional.
Futuros projetos
Dessa forma, os estudos pretendem “solucionar restrições locais para conexão de futuros projetos de geração; aumentar a confiabilidade no atendimento à carga; e ampliar a capacidade de intercâmbio energético entre as regiões Norte/Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste”.
Dessa forma, a expansão da malha de transmissão (que partirá da Bahia, interligando-se às linhas instaladas em Minas Gerais e no Espírito Santo) é apontada como solução para atender a oferta de geração de energia renovável – em especial eólica – gerada no Nordeste.
Desde já a expectativa é que, ao final, seja possível aumentar “significativamente” a capacidade de intercâmbio. Com isso, “passando de 17,2 GW, previstos para o ano de 2026, para aproximadamente 30 GW. Ao mesmo tempo, viabilizando o escoamento de cerca de 57 GW de geração renovável nas regiões Norte/Nordeste”, informa a EPE.
O primeiro volume trata apenas da expansão da chamada Área Sul da Região Nordeste. “Contudo, dada a magnitude do potencial previsto, as recomendações envolveram expansões da malha de transmissão desde a região norte do estado da Bahia até os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo”.
Investimentos
De acordo com o órgão, o total de investimentos previstos é de cerca de R$ 18,2 bilhões, valor que abrange aproximadamente 6.600 km de linhas de transmissão em 500kV e 4 novas subestações de Rede Básica.
De antemão, o levantamento recomenda a antecipação da maioria das obras previstas no estudo Expansão da Capacidade de Transmissão da Região Norte de Minas Gerais. Elas agregam mais R$ 6,3 bilhões em investimentos. São cerca de 2.500 km de linhas de transmissão em 500kV e 1 nova subestação de rede básica.