Uma das alternativas avaliadas pelo governo Bolsonaro para reduzir a dependência do Brasil na importação de fertilizantes passa pela criação de algas exóticas em áreas do litoral do Nordeste.
O biofertilizante feito a partir dessas plantas já é utilizado por alguns produtores rurais e teria potencial de ser expandido com a criação de “fazendas marinhas”. Especialistas no setor, porém, alertam para o risco dessas algas, que têm origem nas Filipinas, se espalharem e comprometerem regiões de recifes e espécies de peixes.
Por meio de um tipo de rede de contenção, mudas dessas macroalgas são amarradas e permanecem boiando na água, onde se reproduzem rapidamente, chegando a ter seu tamanho ampliado em até 10% a cada dia.
O secretário da Pesca, Jorge Seif Júnior, afirma que as macroalgas usadas como fertilizantes (espécie conhecida pelo nome científico Kappaphycus alvarezii) já são produzidas há anos em determinadas regiões do litoral de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O potencial na Região Nordeste, porém, seria muito maior, por causa da maior incidência de luz e calor, além da salinidade superior nesta região.
Do Portal Terra