A GNR Fortaleza, fruto da parceria entre a Ecometano (MDC) e a Marquise Ambiental, está otimista quanto à possibilidade de aumentar em 20% a produção de biometano proveniente do aterro de Caucaia, Ceará. Essa perspectiva surge a partir da flexibilização das regras de especificação do gás renovável pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em um projeto piloto iniciado em fevereiro, a planta GNR Fortaleza terá a oportunidade de operar com níveis mais elevados de CO2 e nitrogênio, além de um poder calorífico inferior aos limites estabelecidos pela Resolução ANP 886/2022. Para garantir que o produto final atenda aos padrões de qualidade exigidos, a GNR e a Cegás, distribuidora de gás do Ceará, realizarão uma mistura de biometano com gás natural de origem fóssil antes de injetá-lo na rede de gás canalizado.
Recentemente, em uma cerimônia realizada na sexta-feira (8/3), as empresas inauguraram oficialmente um sistema automatizado de controle da mistura biometano-gás natural. Executivos de outras distribuidoras de gás da região Nordeste também estiveram presentes, pois estão se preparando para introduzir biometano em suas respectivas redes no futuro.
LEIA TAMBÉM:
– Cidades do Nordeste ganharão novos voos para a Europa
– FNE: Governo injetará R$ 36,6 bilhões em estados do Nordeste
– Descubra cinco destinos do Nordeste além das praias
– Conheça o local do Nordeste que é a bola da vez da mineração
O diretor da Ecometano, Thales Motta, expressou sua expectativa de que, caso o teste no Ceará seja bem-sucedido, a regulação da ANP permita, no futuro, a mistura controlada de gás natural-biometano. Isso possibilitaria o aproveitamento de um volume maior de biogás e, consequentemente, uma produção ampliada de biometano, mesmo que com um poder calorífico ligeiramente menor.