A maior produtora de aço do Brasil, a ArcelorMittal, anunciou recentemente um investimento de R$ 1,6 bilhão em energia solar, reforçando seu compromisso com a autoprodução de energia renovável.
Energia Solar e a descarbonização da industria
Esse novo investimento se soma aos R$ 4,2 bilhões anunciados no início do ano passado para a construção de um grande parque eólico na Bahia, em parceria com a Casa dos Ventos, resultando no maior contrato de fornecimento de energia limpa já firmado por uma empresa no Brasil.
Com esses aportes, a siderúrgica, que é a quarta maior consumidora de energia elétrica no país, espera aumentar sua produção própria de energia de 58% para 88% até o final do ano.
“Energia é uma das nossas maiores despesas, e a descarbonização é uma prioridade”, afirma Jefferson De Paula, CEO da ArcelorMittal no Brasil.
Projetos na Bahia
Um dos projetos solares será implementado na Bahia, seguindo um modelo híbrido integrado ao parque eólico da Casa dos Ventos. Com 200 MW de potência instalada e capacidade de geração anual prevista em 44 MW médios (MWm), o projeto exigirá um investimento de R$ 690 milhões.
A estruturação do projeto segue o modelo de joint venture estabelecido no ano passado, com a ArcelorMittal detendo 55% do capital e a Casa dos Ventos os outros 45%. A energia será fornecida através de um contrato de longo prazo.
Outro projeto, com potência de 269 MW e produção estimada de 69 MW médios por ano, será construído em Paracatu, no noroeste de Minas Gerais, em parceria com a Atlas Renewable Energy, uma das líderes em energia solar na América Latina, controlada pela gigante Global Infrastructure Partners (GIP).
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Com investimentos previstos de R$ 895 milhões, incluindo uma linha de transmissão de 65 km para conexão ao Sistema Interligado Nacional (SIN), o contrato segue o modelo BOT (Build, Operate and Transfer). Nesse formato, uma joint venture é formada durante a construção, e após a entrada em operação comercial, todo o capital será adquirido pela ArcelorMittal.
A expectativa é que ambos os projetos comecem a operar comercialmente em dezembro de 2025.