Brasil pode ter um protagonismo mais abrangente no contexto internacional da fonte fotovoltaica
Segundo levantamento periódico, feito pelo Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a geração de energia solar fotovoltaica segue em alta no Brasil, aumentando 60,9% no mês de janeiro. A geração encerrou o último ano com um crescimento de 29,3%.
No total, foram gerados 1.134 megawatts médios, sendo a Bahia o estado com maior proeminência no volume (233 MW médios). Na sequência, apareceram os estados de Minas Gerais (163 MW médios), Piauí (90 MW médios), São Paulo (74 MW médios) e Ceará (49 MW médios). A capacidade instalada do país avançou 83% nos últimos dois anos, estando, atualmente, em 4.836 megawatts. Além disso, o Brasil conta com 176 usinas solares fotovoltaicas, a maior delas situada no Nordeste.
CÂMARA APROVA ADESÃO DO BRASIL À ALIANÇA SOLAR INTERNACIONAL
Ainda em relação às soluções em energia solar e outras realidades do segmento no Brasil, no início de fevereiro deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou o PDL 271/2021, que dispõe sobre a adesão do país à Aliança Solar Internacional (International Solar Alliance, ISA, em inglês). Caso tal adesão seja confirmada pelo Senado, o Brasil poderá ter um protagonismo mais abrangente no contexto internacional da fonte fotovoltaica.
A informação é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que ainda salienta que isso acontece porque o país terá a possibilidade de se beneficiar de ações multilaterais nos setores de financiamento, políticas públicas, programas de incentivo e pesquisa e desenvolvimento de tecnologia, uma vez que a Aliança Solar Internacional é uma coalizão intergovernamental que tem como objetivo oferecer aos países os melhores recursos solares.
“O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, mas está atrasado frente aos demais países no uso da energia solar fotovoltaica. Fechamos 2021 na 14ª posição no ranking mundial da energia solar, muito aquém do nosso potencial imenso”, aponta o CEO da Absolar.
O presidente do Conselho de Administração da Absolar também afirma: “A fonte solar já é a mais competitiva do país, mas o Brasil ainda está dez anos atrasado frente aos demais países desenvolvidos no uso da tecnologia solar fotovoltaica e nossa participação na ASI contribuirá para que possamos incorporar as melhores práticas internacionais, acelerar o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica e nos posicionar como um ator de peso neste setor, cada vez mais estratégico no cenário mundial”.
CONHECENDO A ALIANÇA SOLAR INTERNACIONAL
A Aliança Solar Internacional teve sua formalização realizada na Índia, em 2016, mas foi lançada na Conferência do Clima em Paris, visando à diminuição dos custos da energia solar, à movimentação de recursos para o investimento para a implementação e à popularização da energia fotovoltaica até o ano de 2030 e aos preparativos, em nível de tecnologia, para que a luz solar seja usada como recurso primário no fornecimento energético.
FONTE: Assessoria