O futebol cearense realmente conquistou a supremacia do futebol nordestino. Basta usar como medida o Brasileirão para concluir que há várias razões que evidenciam isso. O Fortaleza, por exemplo, terminou a principal competição nacional em quarto lugar. Feito inédito que o levará à fase de grupos da Libertadores, torneio que jamais disputou.
Já o Ceará, com a 11ª posição, classificou-se para a Copa Sul-Americana. Com o rebaixamento de Bahia e Sport, a Série A de 2022 contará com a exclusividade de uma dupla do mesmo Estado nordestino no campeonato. Somente Fortaleza e Ceará representarão a região no Brasileirão do ano que vem.
Em 51 edições do campeonato, isso só havia ocorrido uma vez. Foi em 2002, com Bahia e Vitória. Desde o início do modelo de pontos corridos, em 2003, nenhum clube do Nordeste havia alcançado posição tão destacada no alto da tabela como a do Fortaleza, obtida agora, em 2021.
O Vitória terminou em quinto lugar em 2013 e o Sport, em sexto, em 2015. A história recente da competição aponta ainda para um dado que diz respeito à distância do Sul/Sudeste para as demais regiões do País quanto à força dos clubes. Nos 19 Brasileirões de pontos corridos, o Nordeste, por exemplo, teve pelo menos um clube rebaixado em 14 dessas disputas.
Desde 2003, foram poucas as equipes nordestinas que participaram da competição – além de Bahia, Vitória, Fortaleza, Ceará e Sport, apenas Santa Cruz, Náutico, América-RN e CSA marcaram presença na Série A.
Fonte: Terra
Foto: CBF