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Frevo e Ciranda do Nordeste são oficializados como Patrimônios Culturais do Brasil

Em Recife, ministro do Turismo participou das cerimônias de oficialização e esteve em feiras de agroturismo

Oministro do Turismo, Gilson Machado Neto, participou nesta sexta-feira (17.12) em Recife (PE), de cerimônias que oficializaram a revalidação do Frevo e o reconhecimento da Ciranda de Roda do Nordeste como Patrimônios Culturais do Brasil. Os eventos contaram com a participação da presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Larissa Peixoto. Essa é mais uma iniciativa do governo federal para fortalecer o setor. No início da semana, o MTur entregou oficialmente o título de Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil às Matrizes Tradicionais do Forró.

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O processo de revalidação do Frevo como Patrimônio Cultural do Brasil teve o objetivo de avaliar as mudanças pelas quais esse bem passou nos últimos dez anos e os impactos gerados pelas políticas de salvaguarda. A revalidação busca também mapear informações para elaborar ações futuras de proteção e valorização desse patrimônio imaterial.

O Frevo foi registrado como Patrimônio Cultural do Brasil em 2007 e sagrou-se Patrimônio Cultural da Humanidade em dezembro de 2012, na 7ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, na sede da Unesco, em Paris.

Em maio de 2021 foi aberto o prazo de 30 dias para manifestação da população sobre a revalidação do Frevo e de outros bens culturais. Os interessados puderam opinar sobre o tema até o dia 13 de junho, por meio de formulário digital, via postal ou e-mail. Após esse período, as mensagens foram avaliadas pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.

Já a Ciranda do Nordeste foi reconhecida, por unanimidade, como Patrimônio Cultural do Brasil no dia 31 de agosto de 2021. A decisão foi tomada em reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan. A partir de agora, o Brasil tem, em sua lista, 50 bens registrados como patrimônio imaterial.

A Ciranda do Nordeste é uma forma de expressão que une música, poesia e dança de roda, e é vivenciada como um modo coletivo de celebrar a vida, sem distinções pessoais, delimitações e temporalidades rígidas. A Ciranda está rodeada de significados que envolvem o balanço do mar, os ciclos da vida e as brincadeiras de criança.

Com o reconhecimento, a Ciranda do Nordeste passa a ser acautelado pelo Iphan, que atuará na salvaguarda da manifestação, coordenando a execução de políticas públicas para a reprodução e sustentabilidade da expressão cultural.

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, destacou a importância dos reconhecimentos de nossas manifestações culturais pelo Iphan. “Com a oficialização, o Frevo e a Ciranda do Nordeste podem ter acesso a políticas públicas do governo federal, o que vai trazer melhorias para os artistas e contribuir para a geração de emprego e desenvolvimento para o segmento. É mais um legado deixado pelo governo do presidente Bolsonaro”, disse.

A presidente do Iphan, Larissa Peixoto, ressaltou o trabalho do Instituto nos últimos anos. “Em 80 anos de história, o Iphan só havia feito um processo de revalidação. Somente no último ano foram nove processos”, disse, salientando, também, o trabalho da equipe técnica para reconhecimento de patrimônios culturais. “Antes eram dois reconhecimentos por ano e, neste ano, em plena pandemia, reconhecemos quatro”, completou.

FORRÓ – O Ministério do Turismo entregou oficialmente na última segunda-feira (13.12) o título de Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil às Matrizes Tradicionais do Forró, que são uma forma de expressão multimodal, cujo núcleo é a performance social de um leque de tipos de música e dança. O Forró, desde seus primeiros registros conhecidos, no início do século 20, remete à festa popular e a palavra assumiu também o sentido de um tipo específico de música, cantada ou instrumental.

Com letras inspiradas no universo do homem sertanejo, o Forró nasceu no país há mais de um século e tem movido multidões por onde é tocado. Foi a partir da década de 50, com Luiz Gonzaga, um dos maiores nomes do ritmo, que o Forró deslanchou e gerou diversos outros segmentos, como o Forró Eletrônico, o Pé de Serra e o Universitário. Foi também do astro nordestino, que originou o Dia Nacional do Forró, celebrado no próximo dia 13 de dezembro, aniversário do músico.

AGROTURISMO – O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, fez visita técnica à ExpoAgro Nordeste 2021, que é realizada no Parque de Exposições do Cordeiro. Ele destacou o crescimento do segmento de agroturismo no país. “Essa é uma atividade que tem crescido bastante no Brasil, que é unir a agropecuária ao turismo”, disse o ministro, citando fazendas de leite que podem abrir queijarias para turistas.

FENEARTE – O ministro Gilson Machado Neto esteve também na 21ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato, a Fenearte, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. O evento, que tem o tema “É Festa no Reino da Arte” homenageia o Movimento Armorial, iniciativa artístico-cultural idealizada pelo escritor e dramaturgo Ariano Suassuna. A Fenearte deste ano possui 700 estandes, atraindo 5 mil artesãos e artistas em todos os estados brasileiros. São esperados 200 mil visitantes durante os dez dias de evento.

“É a maior feira de economia criativa do mundo e queremos, em breve, levar essa proposta para que outros países possam conhecer a nossa cultura, a nossa gastronomia e os nossos produtos”, disse o ministro do Turismo.

FONTE: MTUR / TEXTO: Rafael Brais / Crédito: Roberto Castro/MTur

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