Fortaleza instala ecobarreiras em ação para combater poluição nos rios e proteger o mar

Projeto sustentável no Parque Rachel de Queiroz quer impedir que até 300 toneladas de lixo por ano cheguem ao oceano
corrego com pessoas na margem
instalação de ecobarreias em Fortaleza foto divulgação

Fortaleza deu um passo importante rumo à preservação ambiental com a instalação das quatro primeiras ecobarreiras no Parque Rachel de Queiroz, localizado na bacia hidrográfica do Rio Maranguapinho. A iniciativa, realizada no último sábado (12), é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Fortaleza e o Instituto Winds for Future (IW4F), que também celebrou a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica com a administração municipal.

Ação atinge a saúde dos ecossistemas costeiros e da população

Com essa ação, a capital cearense se junta a outras capitais do  Nordeste como Recife,  a adotar em escala a tecnologia climática das ecobarreiras, que funcionam como barreiras flutuantes para conter resíduos sólidos antes que eles atinjam o mar. Inicialmente, essa estratégia alia inovação ambiental, educação e ação prática, contribuindo diretamente para a saúde dos ecossistemas costeiros e da população.

O que são Ecobarreiras?

Função Impedir que resíduos sólidos flutuantes cheguem ao mar
Materiais utilizados Plásticos reciclados, redes e estruturas flutuantes
Local de instalação Rios e córregos estratégicos da cidade
Capacidade de retenção Entre 250 e 300 toneladas de lixo por ano
Destino dos resíduos Recicláveis vão para triagem; demais seguem para descarte ambientalmente seguro

ecobarrerias em rio
Prefeitura de Fortaleza e Winds for Future instalam quatro primeiras ecobarreiras no Rio Maranguapinho foto repodução

Expansão do projeto e compromisso com a sustentabilidade

Nos próximos dias, mais quatro ecobarreiras serão implantadas nos bairros Conjunto Ceará e Bom Jardim, totalizando oito estruturas em operação. Assim, a estimativa é de que esse conjunto impeça o descarte de centenas de toneladas de resíduos nos rios da capital todos os anos.

O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan), Artur Bruno, destacou que a iniciativa é fruto de uma ação coordenada entre diversos órgãos públicos e organizações da sociedade civil.

“Essa é uma construção coletiva. Estamos falando de Ipplan, Seuma, SCSP e Ademfor atuando em sintonia com a Winds for Future, uma ONG reconhecida por sua atuação na proteção dos oceanos”, afirmou Bruno.

Ele ainda reforçou que manter os rios limpos é fundamental para preservar a qualidade das praias de Fortaleza, que movimentam turismo e garantem bem-estar à população.

Parceria estratégica e educação ambiental

A instalação das ecobarreiras faz parte do projeto Kite for the Ocean, conduzido pelo IW4F com financiamento da marca Corona e da organização Oceanic Global. Dessa maneira, a tecnologia aplicada também prevê a coleta e triagem dos resíduos, além do compartilhamento de dados com os órgãos públicos para aprimorar políticas ambientais.

O secretário de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), João Vicente, explicou que a pasta coordenará ações de educação ambiental no entorno do Parque Rachel de Queiroz.

“Vamos orientar comerciantes e visitantes sobre o descarte correto de resíduos e incentivar práticas sustentáveis por meio da sensibilização direta. Esse trabalho complementa outras ações da secretaria, como o Junho Verde e a recente parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC)”, destacou.

Tecnologia a serviço da causa ambiental

De acordo com o diretor de Sustentabilidade do projeto, André Comaru, os pontos de instalação foram definidos com base em critérios técnicos e de impacto ambiental.

“Estamos trazendo uma tecnologia de mitigação climática inovadora. Com o apoio da Prefeitura, queremos transformar essa ação em um modelo replicável em outras regiões do Brasil”, disse Comaru.

A superintendente da Agência de Desenvolvimento da Economia do Mar (Ademfor) também reforçou o papel estratégico da ação para consolidar Fortaleza como referência em gestão ambiental urbana e proteção dos recursos hídricos.

Fortaleza dá exemplo para o Brasil

Com o avanço do projeto, Fortaleza se posiciona como modelo nacional de sustentabilidade urbana, reforçando o protagonismo do Nordeste nas discussões sobre meio ambiente e combate à poluição marinha.

Portanto, além de preservar o litoral, a ação promove conscientização social, gera empregos verdes e fortalece a imagem da cidade como destino turístico comprometido com a responsabilidade ambiental.

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