A cidade de Fortaleza é o único destino do Brasil que registrou redução no preço de passagens aéreas. Contudo, o levantamento da plataforma Voopter mostra que a variação de preços pode chegar a 124%, dependendo do trecho.
Só a capital cearense que registrou uma queda de 15% no preço entre 2021 e 2022 na viagem entre São Paulo (aeroporto de Guarulhos) e Fortaleza.
O outro trecho que também registrou redução de 3% é entre Fortaleza e o Rio de Janeiro (aeroporto do Galeão).
O aumento
Em parte esses aumentos foram impulsionados pelo aumento nos preços do querosene de aviação, que já vinham pesando nas tarifas durante todo o ano, mas nesse fim de 2022, os reajustes bateram recorde de alta. De acordo com o levantamento, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, das 10 rotas mais buscadas na plataforma para o Réveillon, nove estão mais caras do que no mesmo período do ano passado.
Para o ano novo, a maior alta registrada é no trecho entre São Paulo (aeroporto de Congonhas) e Recife: 124,7%. De acordo com a pesquisa, o valor médio da viagem de ida e volta é de R$ 5.855,13 (em 2021 era R$ 2.605,38).
Já em relação a janeiro, o maior aumento no preço médio é o dos trechos de ida e volta entre Salvador e São Paulo (Guarulhos), que saltaram de R$ 970,10 no início de 2022 para R$ 2.132,10 em 2023, uma alta de 120%.
A culpa é do petróleo
Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a oscilação nos preços se deve à volatilidade nas cotações do barril de petróleo e do dólar, o que tem pressionado os custos do setor aéreo. Desde janeiro deste ano, o preço do querosene de aviação subiu quase 50%. O combustível corresponde a 40% dos custos das companhias aéreas.
No mesmo período, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço médio das passagens aéreas no país avançou 22,4%.
FONTE: Da Redação do NE9, com o A Tarde