O Flag Football, versão adaptada do futebol americano, foi oficialmente incluído no programa dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 e já movimenta o cenário esportivo brasileiro, especialmente na região Nordeste. Com regras mais acessíveis e menos contato físico, a modalidade tem conquistado praticantes de todas as idades e gêneros, ganhando força em escolas, universidades e clubes da região.
O que é Flag Football?
Diferente do futebol americano tradicional, o Flag Football não envolve o uso de armaduras nem o contato físico intenso. Em vez de tackles (derrubadas), o jogador precisa puxar uma fita (flag) presa à cintura do adversário para interromper a jogada. A modalidade é mista, inclusiva e dinâmica, ideal para espaços urbanos e com baixo custo de implementação.
Crescimento no Brasil e no Nordeste

foto Divulgação
De acordo com a Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA), o flag football já é praticado em todos os estados do país, com aproximadamente 25 mil atletas cadastrados em ligas e projetos de base. O Nordeste se destaca como uma das regiões mais engajadas na modalidade, tanto em número de praticantes quanto em competições locais e nacionais.
Times e projetos no Nordeste:
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Bahia: Equipes como Salvador Warriors e Bahia All Saints são referência na formação de atletas e participação em torneios nacionais.
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Pernambuco: O Recife Mariners mantém um núcleo de flag football ativo, com categorias femininas e masculinas.
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Ceará: Em Fortaleza, o Ceará Caçadores desenvolve programas de base e realiza clínicas em escolas públicas.
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Paraíba: João Pessoa conta com o João Pessoa Espectros, time que atua tanto no futebol americano tradicional quanto no flag.
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Rio Grande do Norte: A capital Natal abriga o Natal Scorpions, com forte atuação em projetos sociais ligados ao esporte.
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Alagoas e Sergipe: A modalidade cresce com apoio de universidades e federações esportivas estaduais, que promovem festivais e jogos amistosos.
Flag Football nas Olimpíadas de 2028
Dessa maneira, a modalidade irmã do futebol americano, o flag football vai estar presente nos Jogos Olímpicos de 2028 em Los Angeles e com isso tem tido um crescimento exponencial no país, segundo Thiago. Ele conta que, no cenário regional, a fase Nordeste do Campeonato Brasileiro de Flag Football masculino saltou de 13 equipes em 2023 para 23 equipes em 2024 – duas da Bahia. Neste ano, pela primeira vez uma equipe feminina do estado vai participar da competição feminina.
“O flag football está crescendo, se consolidando e transformando vidas, e a Bahia está fazendo parte dessa história, inclusive, com a presença de um jogador baiano – o Felipe Índio – como o atual capitão da Seleção Brasileira de Flag Football, que vai em busca da classificação olímpica”, comenta o vice-presidente do Cavalaria 2 de Julho, cujo time de flag football já conquistou o vice-campeonato nacional da Taça Prata em 2023.
Assim, com a entrada oficial nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, o flag football ganha novo status e passa a integrar programas de alto rendimento em diversos países. A Federação Internacional de Futebol Americano (IFAF) comemora o reconhecimento, enquanto a CBFA projeta seleções brasileiras competitivas para 2028, com ampla participação de atletas nordestinos.
Por que o Flag Football é promissor no Nordeste?
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Clima e espaços abertos: condições ideais para a prática ao ar livre
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Cultura de esportes coletivos: receptividade da população
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Baixo custo: não exige equipamentos caros
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Inclusividade: homens e mulheres jogam juntos, com equipes mistas
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Potencial turístico-esportivo: cidades litorâneas como Natal, Salvador e Recife já sediaram torneios nacionais
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Oportunidades para o futuro
Portanto, com a confirmação da presença nos Jogos Olímpicos, o flag football tende a ganhar ainda mais visibilidade. O Nordeste, que já tem uma base sólida, deve ser um dos principais polos de formação de atletas olímpicos no Brasil. Escolas, universidades e clubes da região estão ampliando suas estruturas para atender à crescente demanda de interessados.
Afinal, a entrada do Flag Football nas Olimpíadas de 2028 marca o início de uma nova era para o esporte. No Nordeste, o cenário é de expansão, inclusão e potencial competitivo, com atletas que podem representar o Brasil nos campos de Los Angeles e além. A modalidade chega para ficar — e com raízes fortes no coração nordestino.
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