A Sala Walter da Silveira, em Salvador, abriu suas portas nesta quarta-feira (15) para a primeira edição do Festival “Os Filmes que Eu Não Vi”, dedicado à exibição de produções brasileiras independentes. Ao longo de cinco dias, 17 obras de diversas regiões do país, que até então não haviam sido exibidas em salas de cinema, televisão ou plataformas de streaming, serão apresentadas ao público.
Idealizado por Sol Moraes, o festival tem como principal objetivo dar visibilidade a filmes que enfrentam dificuldades de distribuição, oferecendo uma oportunidade única para que essas produções alcancem um público mais amplo. Além das exibições, a programação inclui mesas de debate sobre temas essenciais para o setor, como os desafios da produção, exibição e distribuição do cinema nacional.
O evento é parte do projeto “Os Filmes que Eu Não Vi”, viabilizado por meio da Lei Paulo Gustavo, e reflete um esforço coletivo para fortalecer a cena do cinema independente no Brasil.
Revitalização de Espaços Culturais
Como parte das iniciativas do projeto, dois importantes espaços culturais de Salvador passaram por revitalizações. A Sala Walter da Silveira, agora modernizada, recebeu novos equipamentos de som e projeção, além de melhorias para acessibilidade, como a instalação de piso tátil. A sala se transforma em um polo cultural multifuncional, que além de exibições, oferecerá cursos, palestras e seminários.
Já a Sala Alexandre Robatto, cuja reabertura está prevista para fevereiro, será a sede do cineclube Cine GeraSol, com exibições mensais seguidas de debates, reforçando seu papel como espaço de diálogo e reflexão sobre o cinema.
Fortalecimento do Cinema Brasileiro
O festival é mais do que uma vitrine para o cinema independente: é um ponto de encontro para cineastas, produtores e amantes da sétima arte. Segundo os organizadores, iniciativas como essa são fundamentais para ampliar o acesso a produções que muitas vezes permanecem invisíveis para o grande público.
“Queremos criar um espaço para que o cinema brasileiro independente seja reconhecido e celebrado. Este é um convite para que todos descubram histórias que, até então, não tiveram a oportunidade de serem contadas em larga escala”, destacou Sol Moraes, idealizadora do projeto.
Com uma programação rica e ambientes renovados, o Festival “Os Filmes que Eu Não Vi” marca um novo capítulo para o cinema independente em Salvador, consolidando a cidade como um dos principais polos de produção e exibição cultural do país.