‘A Tinta que Pinta, Canta’ é o nome da nova exposição que será aberta na Casa da Pólvora, nesta terça-feira (14) e segue até 20 de julho. Realizada pela Prefeitura de João Pessoa, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), a mostra vai apresentar diversas peças do artista visual João Batista da Silva, homenageando artistas da música popular do Nordeste.
O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, afirmou que a exposição está diretamente associada ao momento que a sociedade brasileira e de João Pessoa vive que são os festejos juninos. Assim, a equipe da Fundação optou por fazer uma exposição que traz a temática junina por meio dos seus ícones principais da música popular brasileira e da música de forró.
“O artista tem essa capacidade de sintetizar, no quadro, o momento da vida de um cantor de forró. Nós temos uma lista de grandes artistas na Paraíba que mereceria estar homenageada nessa exposição, mas evidentemente, como toda lista, temos limites. Não dá para homenagear a todos. Por isso, fizemos uma seleção, uma amostra dos melhores nomes da nossa música junina da Paraíba e do Brasil”, afirmou.
O artista visual trabalha telas em alto relevo com pintura acrílica, em preto e branco, retratando mestres da música regional. “Estou sempre buscando a inclusão, abrir espaço para esses talentos que, muitas vezes, passam despercebidos”, declarou a diretora da Casa da Pólvora, Ana Maia.
Ela afirmou que o trabalho do artista é muito belo e que se encantou com o nome da exposição. “‘A Tinta que Pinta, Canta’ encanta em todos os cantos. É uma grande honra acolher o trabalho de João na Casa da Pólvora com o carinho de todos que fazem a Funjope”, acrescentou.
João Batista afirmou que serão homenageados nomes da música popular nordestina, mestres de forró de raiz como Luiz Gonzaga, o rei do ritmo Jackson do Pandeiro, Genival Lacerda, Zé Calixto, Elba Ramalho, Sivuca. “Como estamos no período junino, vamos fazer uma alusão a esses e outros grandes nomes”, declarou o artista visual.
“É uma exposição interessante e muito gostosa de se ver. Minha expectativa é poder mostrar um pouco da cultura nordestina. Que as pessoas que aparecerem se deliciem com o trabalho, os nomes e as informações que vão ser passadas em relação a esses grandes mestres. Nossa intenção é passar arte e cultura”, completou.
Serviço – A Casa da Pólvora funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Aos sábados e domingos, das 14h às 17h.
Sobre o artista – Natural de João Pessoa, João Batista da Silva entrou no mundo das artes desenvolvendo atividades com desenhos animados em 1988. Dois anos depois, em 1990, participou da Coletiva de Desenho e Pintura, realizada no Centro Social Urbano, no Bairro dos Ipês, na Capital. No mesmo ano, participou do III Salão de Novos Artistas da Paraíba.
Ao longo dos anos, participou de diversas outras mostras e, a partir de 2005, começou a produzir em grande escala. A última mostra do artista aconteceu em 2019, na coletiva de artes e óleo sobre tela e pirografia em madeira, na Unidade Judiciária do Fórum Cível de João Pessoa.
Em 1991, realizou a mostra individual, na Galeria Arte Viva, no Mercado de Artesanato de Tambaú. Outra mostra individual do artista no mesmo local aconteceu em 1992, no Ateliê Sayonara. João Batista também realizou mostras no Rio Grande do Norte, uma coletiva na Galeria Nascente, em 1993, e outra no Centro Turístico Petrópolis, em 1994, ambas em Natal.