Segundo o especialista em Comércio Exterior, Sandro Marin, a projeção de safra recorde de soja e a elevação dos preços internacionais das commodities vai contribuir para o acumulado do ano fechar com alta de até 10% em relação a 2020
As exportações do agronegócio brasileiro já somam mais de US$ 93,6 bilhões no acumulado de janeiro a setembro de 2021, segundo dados do Ministério Agricultura Pecuária e Abastecimento. A projeção feita pelo especialista em Comércio Exterior, Sandro Marin, da Tek Trade, é que a receita das exportações do agronegócio no Brasil deve fechar o ano com valor recorde, ultrapassando em até 10% o ano passado, quando o acumulado fechou em US$ 100,7 bilhões.
O complexo soja (em grãos, farelo e óleo) tem puxado os números para cima e acumula uma receita superior a R$ 41 bilhões, o que representa 44,15% de todos os produtos agropecuários exportados pelo Brasil este ano. Para a safra 2021/2022 a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta um novo recorde na produção de soja, com 141,3 milhões de toneladas
“O Brasil é o maior produtor e exportador de soja no mundo e com a safra recorde deveremos ultrapassar em até 10% as exportações do agronegócio de 2020. A elevação dos preços internacionais das commodities exportadas pelo Brasil também contribuem para a receita recorde”, explica o diretor da empresa Tek Trade e especialista em Comércio Exterior, Sandro Marin.
Escoamento da produção é motivo de preocupação do setor
Com o crescimento acelerado das exportações do agronegócio brasileiro, surge também a preocupação pela infraestrutura necessária para o escoamento da produção agrícola. A empresa Coamo, maior cooperativa agrícola da América Latina e uma das maiores empresas do Brasil, está investindo em um novo porto privado na cidade de Itapoá, Santa Catarina. O projeto é estimado em R$ 1 bilhão e a previsão é de inauguração em até cinco anos.
“Há uma demanda reprimida no escoamento da produção agrícola e o novo porto de Itapoá vai contribuir para acelerar o processo de exportação, não só de Santa Catarina, mas como de outros estados”, avalia Marin.
Fonte: Rotas Comunicação