Um estudo recente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) revelou dados importantes sobre a população indígena na região. Com 238 etnias e 530 mil indígenas, o Nordeste possui a segunda maior população indígena do Brasil, atrás apenas da região Norte. Entre 2010 e 2022, o número de indígenas na região mais que dobrou, enquanto o crescimento nacional foi de 89%.
Contudo, apesar do avanço demográfico, os desafios persistem: 90% dos indígenas nordestinos vivem fora de terras demarcadas, e apenas 105 das 631 terras tem reconhecimento oficial. Além disso, a representação política indígena ainda é baixa, com apenas 87 vereadores e 4 prefeitos eleitos em 2024.
Destaques do Estudo
Crescimento populacional: Aumento de 100% na população indígena do Nordeste em 12 anos.
Diversidade étnica: 238 etnias diferentes na região.
Urbanização: 63% dos indígenas vivem em áreas urbanas.
Desafios: Falta de demarcação de terras e baixa representação política.
Estados com Maior População Indígena
Estado
Percentual da População Indígena no NE
Bahia
~35%
Pernambuco
~25%
Outros
~40% (distribuídos entre outros estados)
Por Que a Demarcação de Terras é Tão Importante?
Ao mesmo tempo, o estudo da Sudene mostrou que: – Terras demarcadas reduzem violência: Taxas de homicídios são menores em áreas reconhecidas. – Garantia de direitos: Preservação cultural e acesso a políticas públicas específicas. – Sustentabilidade: Proteção ambiental e manutenção de modos de vida tradicionais.
Representação Política Ainda é Baixa
Nas últimas eleições municipais:
567 candidatos indígenas ao legislativo (apenas 87 eleitos) e 14 a prefeito (apenas 4 eleitos).
De acordo com Teresa Oliveira, socióloga da Sudene:
“O fortalecimento da representação política indígena é fundamental para que suas demandas sejam incluídas na agenda pública. Precisamos de políticas específicas, como educação contextualizada e proteção social que respeitem suas culturas.”
Indígenas estão sempre buscando intetagir suas raízes com o mundo moderno.
O que precisa acontecer?
Acelerar a demarcação de terras para garantir segurança e direitos.
Ampliar a participação política indígena com cotas e apoio a candidaturas.
Criar políticas públicas urbanas para indígenas que vivem em cidades.