Um estudo realizado pela Secretaria Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome (SECF) revelou o impacto positivo do Programa Bolsa Família na melhoria do estado nutricional de crianças brasileiras de até seis anos.
A pesquisa analisou dados de 285 mil crianças monitoradas pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) entre 2019 e 2023.
Avanços em Indicadores Nutricionais
A princípio, os resultados indicam avanços significativos em diversos indicadores de saúde nutricional:
| Indicador | 2019 (%) | 2023 (%) |
|---|---|---|
| Magreza Acentuada | 4,90 | 3,76 |
| IMC Adequado | 58,26 | 67,46 |
| Sobrepeso | 8,17 | 6,51 |
| Obesidade Infantil | 7,90 | 5,40 |
| Estatura Muito Baixa para a Idade | 9,32 | 5,32 |
| Baixa Estatura | 11,01 | 7,57 |
A importância do Bolsa Família para combater a fome
- Combate direto à insegurança alimentar: O Bolsa Família é uma ferramenta essencial para reduzir a fome no Brasil, especialmente entre as famílias de baixa renda. Ao fornecer uma transferência direta de renda, o programa garante que milhões de famílias tenham acesso a recursos básicos para adquirir alimentos. Esse apoio é crucial para melhorar a nutrição e a saúde de crianças e adultos em situação de vulnerabilidade.
- Estimulação da economia local: Ao mesmo tempo, o impacto do Bolsa Família vai além do alívio imediato da fome. Ao injetar dinheiro nas mãos das famílias mais pobres, o programa estimula o comércio local, especialmente em regiões rurais e periféricas. Os beneficiários gastam grande parte dos recursos em mercados locais, fortalecendo pequenos negócios e promovendo o desenvolvimento econômico das comunidades.
- Redução das desigualdades sociais: O Bolsa Família é um importante instrumento de redistribuição de renda no Brasil, contribuindo para a redução das disparidades sociais e econômicas. Ao garantir que famílias em situação de extrema pobreza tenham recursos para se alimentar, o programa ajuda a diminuir os índices de desigualdade, promovendo uma sociedade mais justa e equitativa.
Brasília (DF) — Cartão do Bolsa Família. Foto: MDAS/Divulgação
Recuperação Nutricional
Ao mesmo tempo, o estudo também apontou uma recuperação expressiva entre crianças que apresentaram condições nutricionais inadequadas em 2019:
- Crianças com baixa ou muito baixa estatura: 77,51% alcançaram a altura adequada até 2023.
- Crianças com magreza: 64,35% alcançaram um IMC adequado.
- Crianças com sobrepeso ou obesidade: 56,76% atingiram a eutrofia.
Por fim, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) interpreta que os dados reforçam o papel do Bolsa Família no combate à insegurança alimentar e na promoção da saúde infantil. Dessa forma, enfatizando a importância do acompanhamento contínuo do estado nutricional das crianças beneficiárias.
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