O Senado Federal aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (5), o Projeto de Lei nº 1.087/2025, que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A proposta, enviada pelo Governo Federal em março, já havia passado pela Câmara dos Deputados em outubro e agora segue para sanção presidencial.
A expectativa do governo é sancionar a nova regra nos próximos dias para que a mudança passe a valer já a partir de janeiro de 2026.

O que muda no Imposto de Renda?
A principal alteração é a isenção total para quem recebe até R$ 5 mil por mês, atendendo uma demanda antiga de trabalhadores que não tinham a tabela atualizada na mesma proporção da inflação dos últimos anos.
Hoje, a faixa de isenção cobre quem ganha até R$ 3.076 mensais (cerca de dois salários mínimos). Com a nova lei, cerca de 25 milhões de brasileiros devem pagar menos imposto — e uma parte significativa deixará de pagar.
✅ Quem fica isento a partir de 2026
- Trabalhadores com salário de até R$ 5 mil mensais
📉 Quem vai pagar menos imposto
- Contribuintes com renda entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350
- A redução será proporcional: quanto menor a renda dentro da faixa, maior o benefício
📈 Quem pagará mais imposto
Para compensar a perda de arrecadação causada pela ampliação da isenção, o governo incluiu medidas para aumentar a taxação sobre contribuintes de maior renda:
- Alíquota extra progressiva de até 10% para quem recebe mais de R$ 600 mil por ano (R$ 50 mil por mês ou mais)
- Tributação de 10% sobre lucros e dividendos enviados ao exterior
Segundo dados do Executivo, contribuintes de alta renda pagam hoje uma alíquota efetiva média de apenas 2,5%, enquanto trabalhadores assalariados arcam com 9% a 11% de IR.
🗓️ Quando começa a valer?
- Se sancionada até 11 de novembro, a nova tabela passa a ser aplicada já em 2026
- A mudança será refletida na declaração do IR de 2027 (ano-base 2026)
Por que essa mudança é importante?
A atualização da tabela do Imposto de Renda era uma das principais promessas econômicas do governo e atende a um apelo social por maior justiça tributária. Especialistas afirmam que a medida reduz o peso do imposto sobre os trabalhadores e combate a desigualdade na cobrança entre diferentes faixas de renda.
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