A engorda da Praia de Ponta Negra, em Natal, é um projeto amplamente aguardado, tanto pela população local quanto pelos setores de turismo e comércio.
Projeto polêmico deve trazer beneficíos para a cidade
A iniciativa, que visa restaurar a faixa de areia erodida pela ação do mar, promete revitalizar um dos principais cartões-postais do Rio Grande do Norte. A engorda está perto de 70% do andamento da obra.
A obra contempla os Projetos de Engorda e Drenagem, a respeito das Obras de Contenção da Erosão Costeira no trecho entre o Morro do Careca e o Hotel SEHRS, na Via Costeira.
LEIA TAMBÉM
– Hidromel, a bebida dos vikings, já tem produção no Nordeste
– Série A de 2025 terá cinco times do Nordeste
– Novo ranking revela os bairros mais valorizados do Nordeste
O Que é a Engorda da Praia?
A engorda de praia, também conhecida como alimentação artificial, é um processo em que grandes quantidades de areia são adicionadas à faixa litorânea para combater a erosão e aumentar a largura da praia.
Este método é frequentemente utilizado em regiões onde a ação do mar tem causado a perda significativa de areia, ameaçando infraestruturas e ecossistemas locais.
Expectativas
A promessa central do projeto é devolver à praia sua extensão original, oferecendo maior segurança e conforto aos frequentadores e estabelecimentos da orla.
A expectativa é que a obra ajude a reduzir os impactos da erosão, valorize os imóveis da região e fortaleça o turismo — principal motor econômico de Natal.
Com uma faixa de areia mais ampla, espera-se atrair mais turistas, especialmente durante a alta temporada, beneficiando hotéis, restaurantes e comerciantes locais.
Realidade
Apesar do entusiasmo, a execução do projeto tem enfrentado desafios. Questões ambientais, burocráticas e orçamentárias atrasaram a conclusão da obra, e há preocupações com a sustentabilidade da engorda a longo prazo.
Em outros projetos semelhantes no Brasil, a manutenção contínua mostrou-se essencial para evitar que a erosão volte a comprometer a praia.
Além disso, há o desafio de equilibrar a intervenção com a preservação ambiental, considerando o impacto nos ecossistemas marinhos.
Importância Econômica
A revitalização de Ponta Negra é crucial para a economia local. A praia não só é um dos maiores atrativos turísticos da capital potiguar, como também sustenta milhares de empregos diretos e indiretos.
A engorda pode:
Fortalecer o turismo: Com uma praia mais ampla e segura, a região tem potencial para receber mais visitantes, impulsionando o setor hoteleiro e comercial.
Valorizar imóveis: A melhoria na infraestrutura aumenta o valor dos imóveis e incentiva novos investimentos.
Preservar empregos: Comércio e serviços dependentes do fluxo turístico serão beneficiados, o que é vital para a geração de renda local.
Em resumo, a engorda de Ponta Negra representa uma esperança de transformação positiva, mas depende de uma execução bem planejada e sustentável para realmente cumprir suas promessas e consolidar sua importância econômica para a região.
LEIA TAMBÉM:
– Turismo de Instagram no Nordeste: quais os destinos mais ‘Instagramáveis’
– Cinco lugares perfeitos no Nordeste para fugir da escala 6×1
– Como investir em sustentabilidade vai fazer o Nordeste crescer
Obra de Engorda visa recuperar condições naturais da praia
O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, afirmou que a obra de engorda da Praia de Ponta Negra, aliada ao reordenamento da orla, tem como principal objetivo restaurar as características naturais do local, semelhantes às da década de 1990. Segundo ele, o projeto é uma intervenção positiva que busca resgatar o ambiente original sem comprometer o equilíbrio ecológico.
A fiscalização do ordenamento começou no domingo, 1º, e segue até 5 de março.
A liberação de novas áreas de areia tem incentivado o uso do espaço para esportes e lazer, além de beneficiar comerciantes locais.
LEIA MAIS – Carnatal 2024 abre a temporada de Carnaval do tradicional “Bloco da Anitta”
Ordenamento para não ter sobrecarga ambiental
No entanto, Mesquita destacou a importância do ordenamento para evitar a sobrecarga ambiental. “Realizamos uma operação integrada com várias secretarias, como Semurb, Guarda Municipal, STTU, Urbana e Secretaria de Turismo, a fim de equilibrar o uso comercial, a recreação e a preservação da balneabilidade”, explicou ele em entrevista à TV Tropical nesta segunda-feira, 2.
Atualmente, cerca de 70% das obras já foram concluídas. Ao mesmo tempo, o projeto de engorda consiste em um aterro hidráulico que, ao ser finalizado, ampliará a faixa de areia em até 100 metros durante a maré baixa e 50 metros na maré alta ao longo dos 4 km da intervenção, incluindo parte da Via Costeira.
De acordo com a prefeitura, o projeto visa proteger a praia contra a erosão costeira, preservar habitats naturais e manter áreas de lazer e turismo. Além disso, busca resguardar propriedades costeiras de possíveis danos provocados por chuvas intensas.
A princípio, a expectativa é concluir a obra até 31 de dezembro deste ano. “Existe a chance de se estender alguns dias em janeiro, mas estamos empenhados, junto à empresa DTA Engenharia, para finalizar tudo até o fim do ano”, ressaltou Mesquita.
LEIA TAMBÉM
– Governo libera R$ 3,6 bi para avançar obras da Transnordestina
– Nordeste volta a lançar foguetes em ação histórica; assista
– “Transnordestina Turística”: Nordeste pode ganhar ferrovia para ligar todo o litoral
– Descubra os melhores cursos técnicos para arrumar emprego no Nordeste