Economista e professor da FDC Horácio Forte avalia cenário de recuperação de setores
O Plano de Convivência com a Covid-19 do governo de Pernambuco, atualizado nesta segunda-feira (9), estabeleceu regras mais flexíveis para a retomada gradual dos serviços e atividades sociais no estado. Com a diminuição de casos da doença e o avanço da imunização, muitos setores da economia devem apresentar melhores resultados muito em breve.
Para o economista e professor da FDC (Fundação Dom Cabral) Horácio Forte, o setor de serviços deve ser o mais beneficiado neste período. “A abertura gradativa e crescente de subsegmentos desse ramo, como eventos corporativos, cursos e turismo, com hotéis e pousadas, tem gerado um bom crescimento por conta das dificuldades de países estrangeiros receberem turistas e haver investimento no mercado interno”, disse.
De acordo com o plano, bares, restaurantes e serviços de alimentação podem funcionar com até 70% da capacidade. Salões de beleza, clínicas, construção civil, escritórios comerciais e feiras de negócios podem atender até meia-noite, em qualquer dia da semana, em todos os municípios.
Outra iniciativa é o Plano de Retomada, em vigor também a partir desta segunda-feira, que prevê a geração de 130 mil novos empregos no estado. Entre as iniciativas de suporte econômico, haverá investimento de R$ 5 bilhões até o fim do próximo ano. O projeto está dividido em quatro eixos: investimento público, investimento privado, pessoas e crédito, e ambiente de negócios.
Horácio Forte reforça que o incentivo não deve fazer o empresariado esquecer que o momento pede atenção redobrada aos gastos e desperdícios nas organizações. “O caixa é o rei. Não podemos confundir resultado econômico com fluxo de caixa, que corresponde ao resultado financeiro e é a sobrevivência da empresa. Os dois são muito importantes”, ressalta.
Para ele, o momento de recuperação financeira depende do esforço de entes públicos, de empresários e da população. “O plano do estado de Pernambuco é importante e necessário, mas deve-se entender que flexibilização não é sinônimo de abandono ao uso de máscaras, aos hábitos de higiene e distanciamento social. Essas medidas continuarão por um bom tempo sendo necessárias para o fim da pandemia”, destaca.
FONTE: ASSESSORIA