Em um dia influenciado pelo cenário externo, o dólar registrou uma aproximação notável da marca de R$ 4,70, encerrando o dia no menor valor em 15 meses. Ao mesmo tempo, a bolsa de valores obteve seu terceiro aumento consecutivo, ultrapassando a marca de 121 mil pontos.
Na sessão desta segunda-feira (24), o dólar comercial fechou cotado a R$ 4,733, registrando uma queda de R$ 0,047 (-0,99%). Embora a cotação tenha apresentado um início de dia com tendência de alta, ela rapidamente reverteu após a abertura dos mercados norte-americanos. Em seu ponto mais baixo do dia, por volta das 12h30, chegou a ser cotado a R$ 4,72.
Com o desempenho apresentado hoje, a moeda norte-americana alcança seu menor nível desde 20 de abril do ano passado, quando encerrou o dia valendo R$ 4,61. No acumulado de julho, o dólar acumula uma queda de 1,19% e, em 2023, a queda é ainda mais expressiva, atingindo 10,36%. O euro comercial também teve seu valor reduzido, fechando em R$ 5,23, o menor patamar desde o último dia 30.
O mercado acionário também teve uma jornada empolgante, com o índice Ibovespa, da B3, fechando aos 121.342 pontos, representando uma valorização de 0,94%. Embora o indicador tenha iniciado próximo da estabilidade, ele rapidamente ganhou impulso, influenciado principalmente pelas ações de empresas mineradoras e petrolíferas, que foram as mais negociadas durante o dia. Este é o maior nível registrado pela bolsa brasileira desde 1º de abril do ano passado.
O cenário financeiro mundial está repleto de expectativas, pois aguarda a reunião do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), que ocorrerá nesta terça-feira (25) e quarta-feira (26). Durante essa reunião, é possível que o órgão promova o último aumento dos juros básicos da maior economia do planeta, encerrando um ciclo de alta iniciado em abril do ano passado.
Países exportadores de commodities, como o Brasil, têm sido beneficiados pela valorização dos preços de grãos no mercado externo, decorrente do fim do acordo de exportação de cereais da Ucrânia. Apesar da restrição na oferta global de trigo, o bloqueio tem resultado em aumentos no preço de bens primários.
É importante destacar que a Agência Brasil passará a divulgar informações sobre o fechamento do mercado financeiro apenas em dias extraordinários, deixando de informar diariamente a cotação do dólar e o nível da bolsa de valores.”
REDAÇÃO com Agência Brasil