O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (30) que a taxa de desocupação no Brasil alcançou 7,0% no primeiro trimestre de 2025. Apesar de representar um aumento em relação ao trimestre anterior, quando foi de 6,2%, esse índice é o mais baixo para o período de janeiro a março desde o início da série histórica em 2012.
Principais indicadores do mercado de trabalho (1º trimestre de 2025)

Indicador | Valor Atual | Trimestre Anterior | Variação Trimestral | Variação Anual |
---|---|---|---|---|
Taxa de desocupação | 7,0% | 6,2% | +0,8 p.p. | -0,9 p.p. |
População desocupada | 7,7 milhões | 6,8 milhões | +13,1% | -10,5% |
População ocupada | 102,5 milhões | 103,8 milhões | -1,3% | +2,3% |
Taxa de subutilização | 15,9% | 15,2% | +0,6 p.p. | -2,0 p.p. |
Rendimento médio mensal | R$ 3.410 | R$ 3.371 | +1,2% | +4,0% |
Massa de rendimento real | R$ 345 bilhões | R$ 345,2 bilhões | Estável | +6,6% |
Taxa de informalidade | 38,0% | 38,6% | -0,6 p.p. | -0,9 p.p. |
Fonte: IBGE – PNAD Contínua
Setores com maior redução de ocupação
Entre os setores que mais contribuíram para a redução da população ocupada no trimestre, destacam-se:
Construção: queda de 5,0% (-397 mil pessoas)
Alojamento e alimentação: recuo de 3,3% (-190 mil pessoas)
Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: diminuição de 1,6% (-297 mil pessoas)
Serviços domésticos: redução de 4,0% (-241 mil pessoas)
Apesar dessas quedas, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado permaneceu estável, totalizando 39,4 milhões de pessoas, o maior contingente já registrado desde o início da série histórica.
Rendimento médio atinge novo recorde
O rendimento médio mensal real dos trabalhadores brasileiros alcançou R$ 3.410 no primeiro trimestre de 2025, estabelecendo um novo recorde na série histórica iniciada em 2012. Esse valor representa um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 4,0% na comparação anual.
A massa de rendimento real habitual, que corresponde ao total de recursos recebidos pelos trabalhadores, foi estimada em R$ 345 bilhões, mantendo-se próxima do maior valor já registrado, que foi de R$ 345,2 bilhões no último trimestre de 2024.
Os dados do primeiro trimestre de 2025 indicam uma resiliência do mercado de trabalho brasileiro, com a taxa de desocupação atingindo o menor nível para o período desde 2012 e o rendimento médio dos trabalhadores alcançando um novo recorde. Apesar de desafios em setores específicos, como construção e serviços, os indicadores apontam para uma recuperação gradual e sustentada do emprego no país.
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