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Coronavírus: Governo de Sergipe debate linha de crédito emergencial para o setor agropecuário

Coronavírus: Governo de Sergipe debate linha de crédito emergencial para o setor agropecuário

Segundo o Banese, os primeiros investimentos devem sair ainda este mês

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Em videoconferência realizada na última segunda-feira (06), com participação de representantes Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) e das secretarias municipais de Nossa Senhora da Glória e Porto da Folha, o Banco do Estado de Sergipe informou que, além das linhas de crédito já disponíveis, poderá oferecer linha de crédito emergencial para o setor agropecuário, durante o período de pandemia do coronavírus. Segundo o Banese, os primeiros investimentos devem sair ainda este mês.

“Provocamos esse debate com o Banese justamente visando buscar alternativas de crédito para os empreendimentos rurais, devido ao cenário econômico complicado causado pelas medidas restritivas de prevenção ao coronavírus”, disse o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim. Ele indagou ao Banese se os investimentos sugeridos pelo banco para a agropecuária estão dentro da linha de crédito de até R$ 500 milhões para atender a cadeia produtiva sergipana, anunciada pelo governador Belivaldo Chagas no último dia 31 de março.

O gerente da Área de Crédito de Desenvolvimento do Banese, Bruno Santiago, afirmou que, para além dos investimentos já anunciados pelo governador, o banco trabalha com outras linhas, a exemplo do crédito para investimento – recurso destinado à aquisição de bovinos (matrizes e reprodutores para corte e leite), à melhoria e à ampliação de estruturas necessárias ao desempenho da atividade pecuária, e à implantação de culturas agrícolas. “Temos também investimento para operações de custeio, a exemplo do custeio ração, custeio milho. A sugestão agora é colocar em prática a linha de crédito ‘Desenvolve Banese’, para investimentos. A operação de crédito será de acordo com a capacidade de pagamento de cada cliente, com taxa de juros de 5,50% a.a. mais IPCA. O cliente pode ter bônus de 20% de adimplência sobre os juros”, explicou.

Os secretários municipais da Agricultura de Nossa Senhora da Glória, Djalci Aragão; e de Porto da Folha, Pedro de Souza Júnior, apontaram como prioridade incentivos financeiros às fabriquetas de leite. “A cadeia produtiva do leite é a mais importante no momento. Gostaria, inclusive, de solicitar o apoio da Seagri e da Emdagro para, junto ao governador, justificar a importância de uma tarifa reduzida para o consumo de água nas fabriquetas de leite. O custo atual da água inviabiliza o pagamento de crédito bancário”, destacou o secretário Djalci Aragão. Ainda segundo ele, 46 agroindústrias de leite estão em fase de regularização no município de Glória e necessitam de incentivos financeiros.

“Nós já temos quase 200 agroindústrias de leite visitadas e com relatório feito pela Emdagro. Poderíamos iniciar o processo de financiamento com linha de crédito para aquelas que nos procuraram e estão adiantadas no processo de regularização”, sugeriu o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza. Ele pediu que o Banese buscasse solução, no sentido de flexibilizar algumas exigências, como a solicitação de comprovação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), visto que os servidores públicos não podem providenciar esta documentação de forma presencial, conforme decreto estadual de recolhimento social.

FONTE – SECOM SE

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