A Cooperfam foi o primeiro caso de sucesso divulgado pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário de que, em meio a pandemia do coronavirus, era preciso inovar para manter ativos os negócios da agricultura familiar. Quase três meses depois, a Cooperativa Agroecológica da Agricultura Familiar do Caminho de Assis manteve todos os 16 empregos com carteira assinada e, mesmo com dificuldades, persiste no delivery polpas de frutas e hortifrutigranjeiros com preços abaixo do mercado.
“O principal aprendizado é que precisamos diversificar o mercado e não podemos nos prender a apenas a um tipo de cliente. Isso não é fácil: você precisa estudar quais negócios são viáveis e compreender a dinâmica de cada um”, ensina Airton Kern, presidente da Cooperfam. “A agricultura não é uma loja de tecidos: cada produto possui um período e, como somos não somos supermecado, trabalhamos juntos aos nossos cooperados”, cita a importância do planejamento e a atenção no atendimento ao cliente.
Semanalmente, a cooperativa realiza a entrega de 600 kg de polpas de frutas, 400 kg de banana prata, 300 kg mamão formosa e 200 bandejas ovos caipiras, além de legumes, hortaliças, mel e outros alimentos do cardápio. O faturamento bruto, sem os custos da produção, oscila entre R$ 32 mil e R$ 35 mil, com uma média por pedido entre R$ 100 e R$ 120. “Esse valor corresponde entre 10 e 15% do que tínhamos com estabelecimentos comerciais antes pandemia, embora com variedade menor e preço mais baixo por conta da venda no atacado”, contabiliza.
“Sabemos que a reabertura próxima de bares, restaurantes e lanchonetes acontecerá mais à frente e, ainda assim, com um público reduzido. Isso é o que os donos desejam, mas será que os clientes voltarão à frequentar de um dia para o outro, como faziam?!”, questiona o presidente da Cooperfam. “Acreditamos que não. A retomada acontecerá de forma gradual e as vendas para a merenda escolar também estão comprometidas para este ano”, conclui citando novos negócios com o Exército Brasileiro e a Conab.
Fazendo um pedido
O cardápio semanal é enviado às sextas-feiras pelo Whatsapp de número (85) 9.8134-1180, mas também se encontra disponível na internet, através do site . Os pedidos devem ser encaminhados até a terça-feira e as entregas são agendadas para as quartas, quintas e sexta-feiras. Não há cobrança de taxa de entrega para a Região Metropolitana de Fortaleza e o pedido mínimo é de R$ 70. Além disso, o pagamento é realizado por crédito, débito, transferência bancária, ou em espécie.
Ao cliente ficam disponíveis uma variedade de vinte polpas frutas e oito frutas diferentes, além de alimentos como: alface, agrião, boldo, abóbora, batata doce, carimã, coentro e cebolinhas, fava, farinha de mandioca artesanal, goma fresca, macaxeira, milho verde, ovo caipira, quiabo, pimenta de cheiro e tomate. Nas últimas três semanas, a Cooperfam também passou a ofertar rabanete, tomate cereja, mel e bolos de laranja, cenoura, maça, macaxeira, batata doce e milho.
Cuidados na entrega
Mas antes do consumidor realizar o pedido é bom lembrar de alguns cuidados com a saúde. A primeira delas é manter a distância de 1,5 metros entre você e o entregador. Separe o valor combinado e aguarde a chegada do entregador. Quando chegar, deixe o dinheiro num ponto específico, avise-o e peça que deixe os produtos no mesmo local. Avise com antecedência sobre troco e peça que o entregador deixe-o ao lado das compras. A entrega foi concluída quando todos conferirem valores.
É importante lembrar que a Organização Mundial de Saúde assegura que o vírus da Covid-19 não é transmitido por gêneros alimentícios. Ainda em sim, ao entrar em casa, descarte as sacolas plásticas e lave bem os produtos com água corrente e sabão. Se possível, utilize máscara ao sair de casa e lembre-se: as feiras estão proibidas, a solidariedade não. A agricultura familiar precisa do seu apoio para continuar produzindo e agradece a sua contribuição.
FONTE – SECOM CE