Diferente do prometido pelo governo federal a partir de mudanças na cobrança de preço das bagagens, os preços das passagens aéreas no Brasil não ficaram mais baratas e estão pesando no bolso de quem pretende viajar pelo Nordeste e pelo Brasil.
O tema é uma das prioridades do Consórcio Nordeste, que reúne representantes dos nove estados da região, para o setor do turismo, e em conjunto, com soluções que passam por redução de ICMS especifico do setor e também redução do imposto sob o querosene de aviação.
Além disso, haverá um trabalho em conjunto para incentivar a aviação regional, com voos que liguem as cidades dentro do Nordeste.
Segundo Fausto Franco, secretário de Turismo da Bahia, “Entendemos que estamos cedendo muito em relação à política de incentivo do ICMS e foi uma ação dos governos estaduais. Agora vamos mostrar os números de quanto os estados abriram mão de receita, do quanto gerou de retorno em voos e de incremento na economia para tentar que o governo federal mostre uma política para baixar os valores. Ele pode diminuir a tributação e reduzir as taxas aeroportuárias. E também vamos atuar em como incentivar os voos regionais”, explica.
“Mas as companhias, são quatro operando no país, não vão, à princípio, fazer voo dentro do Brasil. Não têm interesse por conta das altas taxas de impostos, do preço do combustível e da jornada de trabalho dos pilotos, por exemplo. Agora temos três companhias aéreas nacionais e, quando não há concorrência, as passagens não tendem a reduzir”, pontua Franco. Ele ainda confirmar que estados como Pernambuco, Bahia e Ceará têm aeroportos com condições de fazer voos regionais, mas que não existem. “Quero sair de Caruaru para Jericoacoara, de Mossoró para Ilhéus, e não tem como. Isso dificulta o turismo porque o Brasil é muito grande e a economia como um todo”, acrescenta.