Ela trabalha como diarista, tem 24 anos, é da cidade de Macaíba e acabou de voltar da Polônia, onde disputou o mundial de xadrez.
Cibele Florêncio tem 24 anos e agora vive os efeitos de ser uma das melhores enxadristas do Brasil. Universidades, referências do xadrez e a imprensa disputam um espaço na agenda de Cibele. Todos interessados em saber como ela, que trabalha fazendo bicos de faxinas e auxiliando a mãe no comércio de marmitas, conseguiu se tornar destaque no xadrez mundial.
Em síntese, na Polônia, a brasileira disputou 20 jogos. Alguns contra grandes-mestres ou mestres internacionais, como se espera de um torneio mundial, onde se reunem as melhores enxadristas do mundo. Mesmo não conseguindo vencer nenhuma delas, disputar um torneio internacional, o primeiro da carreira, já foi uma experiência válida para Cibele. “Participar de um mundial foi um sonho realizado. Foi maravilhoso. Estar entre as melhores do mundo, e com jogadoras que eu admiro, foi uma experiência inexplicável”, avaliou.
Contudo, a experiência por pouco não ocorreu. A potiguar ganhou o direito de disputar o mundial na Polônia depois de ser vice-campeã brasileira de xadrez. Mas, sem condições financeiras para bancar toda a viagem, ela contou com a ajuda de uma rede de médicos que pagaram parte dos custos que Cibele teve na Europa depois de conheceram a sua história por uma emissora de uma rádio de Natal.
A princípio, Cibele conheceu o xadrez aos nove anos, por meio do projeto “Xadrez Macaeibense”, que incentivava crianças a praticar a modalidade nas escolas, e subsidiava a inscrição dos jogadores em campeonatos.
Fonte: Da Redação, com o Terra