Um estudo da Coordenação de Avaliação e Estudos da Sudene, baseado nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revelou como anda a geração de empregos nos estados do Nordeste. De acordo com o levantamento, em outubro de 2024 a região foi responsável por 18.345 novos postos de trabalho, o que corresponde a 13,8% das vagas criadas no País.
Quais estados mais geram empregos no Nordeste?
Entre os estados nordestinos, Pernambuco liderou a criação de empregos, com 5.010 novos postos, seguido por Alagoas (3.445), Ceará (3.187) e Rio Grande do Norte (2.847). Esses quatro estados juntos somaram 78,9% do saldo de empregos da região.
Outros destaques incluem Paraíba, Piauí e Sergipe, que, combinados, responderam por mais de 21% das vagas geradas no Nordeste. Já o Maranhão teve um saldo positivo de 423 empregos, enquanto a Bahia apresentou um decréscimo de 579 postos de trabalho.
Estado | Saldo de empregos | % do total regional |
---|---|---|
Pernambuco | 5.010 | 27,3% |
Alagoas | 3.445 | 18,8% |
Ceará | 3.187 | 17,4% |
Rio Grande do Norte | 2.847 | 15,5% |
Paraíba | 1.606 | 8,8% |
Piauí | 1.317 | 7,2% |
Sergipe | 1.089 | 5,9% |
Maranhão | 423 | 2,3% |
Bahia | -579 | – |
Setores em evidência
Comércio e serviços
Os setores de comércio e serviços foram responsáveis por 80,8% dos empregos gerados no Nordeste em outubro, com destaque para:
- Comércio: 9.007 vagas (49,1%).
- Serviços: 5.816 vagas (31,7%).
Pernambuco, Bahia e Ceará lideraram a geração de empregos no comércio em números absolutos, enquanto Maranhão e Paraíba se destacaram proporcionalmente. No setor de serviços, Pernambuco, Alagoas e Ceará concentraram mais de 65% dos postos de trabalho gerados.
Indústria e agropecuária
- Indústria: 3.945 novos empregos, sendo a indústria de transformação responsável por 4.886 vagas, compensando as perdas no subsetor de saneamento.
- Agropecuária: 1.385 postos de trabalho, com Maranhão, Ceará e Piauí liderando.
Acumulado do ano e perspectivas
De janeiro a outubro de 2024, o Nordeste acumulou 357.793 novos empregos, representando 16,9% do saldo nacional. Segundo o economista Miguel Vieira de Araújo, esse desempenho reflete uma tendência de desconcentração econômica na região, que corresponde a cerca de 14% do PIB brasileiro.
Em suma, os números reforçam o potencial do Nordeste como um dos motores da recuperação econômica do Brasil. Dessa forma, mostra que a região está cada vez mais integrada às cadeias produtivas nacionais e internacionais.