Com a região Nordeste gerando um superávit de 12% da demanda total e exportando energia eólica e solar, o ano de 2021 registrou o maior índice na utilização das energia limpa, chegando a 10% da eletricidade utilizada em todo o mundo.
O levantamento da Revisão Global de Eletricidade revela ainda que 50 países já obtém mais de 10% da energia a partir de fontes eólicas e solares e fontes energéticas como o vento também constituem recursos cada vez mais utilizados para gerar eletricidade.
Somente de fontes limpas, a geração de eletricidade subiu para 38% em todo o planeta. Contudo, pela primeira vez a eólica e solar unidas atingiram o patamar de 10%.
Hidrelétrica perdendo espaço
O século 21 está sendo protagonista de matrizes regionais de geração elétrica menos concentradas e mais diversificadas por fonte. No século 20, a expansão hidrelétrica ocorreu prioritariamente junto aos maiores centros de carga, das regiões Sudeste e Sul. Estas duas regiões responderam por quase 70% da geração hidráulica do Brasil ao final de 2000 e, em 2020, o indicador já recuou para 48%.
Além do deslocamento regional, a geração hidráulica perdeu significativa participação ao nível das regiões, sendo complementada por expressivas expansões da eólica, solar e geração por bioenergia.
O agravamento da seca em 2021 e a não necessidade de racionamento é a demonstração de que os encaminhamentos para uma matriz de geração menos dependente da hidráulica foram e estão sendo fundamentais.
FONTE: Da Redação do NE9