Quando pensamos em quem muda o mundo, logo lembramos de inventores, artistas ou cientistas famosos. Mas existe um grupo de heróis e heroínas que fazem a mágica acontecer todos os dias, muitas vezes em silêncio: os professores.
Hoje, vamos celebrar a história de cinco mestres nordestinos que, com seu trabalho e dedicação, não só ensinaram matérias, mas plantaram sonhos, defenderam direitos e inspiraram gerações. Ao mesmo tempo, eles são a prova viva de que a educação é a ferramenta mais poderosa para transformar uma sociedade.
Vamos conhecê-los?
Conheça os 5 Mestres:
| Nome | Onde e Quando Viveu | Sua Principal Bandeira |
|---|---|---|
| Nísia Floresta | RN (1810-1885) | Educação e direitos para as mulheres |
| Candolina Rosa | BA (1921-1973) | Língua Portuguesa e liberdade de ensino |
| Paulo Freire | PE (1921-1997) | Educação para a liberdade e consciência crítica |
| Celso Furtado | PB (1920-2004) | Desenvolvimento econômico do Brasil |
| Jayse Ferreira | PE (Atualmente) | Educação Artística e inclusão através da arte |
Perfil de Cada Mestre
Nísia Floresta: A Pioneira
Imagine o Brasil no século XIX. Naquela época, as mulheres não podiam estudar as mesmas coisas que os homens. Nísia Floresta foi uma guerreira que desafiou tudo isso. Ela usou a caneta e a palavra para lutar pelos direitos das mulheres, dos indígenas e dos escravizados.
Ela na prática: Fundou uma escola só para meninas, onde elas aprendiam ciências e matemática, algo impensável para a época. Seu livro “Direitos das mulheres e injustiça dos homens” é um marco do feminismo no Brasil. Nísia mostrou que o conhecimento é a chave para a liberdade.
Candolina Rosa: A Mestra Inesquecível
Candolina era aquela professora que marcava a vida dos alunos para sempre. Mestra de Língua Portuguesa em Salvador, ela era conhecida por seu jeito forte e sua dedicação. Sua vida não foi fácil: ficou viúva jovem, criou cinco filhos sozinha e ainda assim se tornou uma referência na educação.
Ela na prática: Seu trabalho foi tão inspirador que ninguém menos que Caetano Veloso, um dos maiores artistas do país, a homenageou em duas músicas: “Neide Candolina” e “Bahia, minha preta”. Ela dirigiu escolas e defendeu um ensino mais livre e participativo, mesmo durante a difícil época da ditadura militar. Candolina é a prova de que um bom professor vive para sempre na memória e no coração de seus alunos.
Paulo Freire: O Mundo Inteiro Aprendeu com Ele
A princípio, Paulo Freire é, simplesmente, um dos educadores mais importantes do mundo. Nascido em Recife, ele criou um método onde ensinar não é só decorar conteúdo, mas sim entender o mundo e transformá-lo.
Ele na prática: Sua grande ideia era a “Educação Libertadora”. Para ele, o aluno deve ser o protagonista do próprio aprendizado. Seu livro “Pedagogia do Oprimido” é lido em universidades do mundo inteiro. Paulo Freire acreditava que ninguém é uma “gaveta vazia” para ser preenchida com informações; todos temos experiências e conhecimentos que tornam a aprendizagem significativa.
Celso Furtado: O Professor da Economia do Brasil
Celso Furtado foi um grande economista e pensador. Ele usou seu conhecimento para tentar entender e resolver os problemas do desenvolvimento do Brasil, especialmente do Nordeste.
Ele na prática: Foi o criador da SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), uma instituição criada justamente para impulsionar o crescimento da região. Celso Furtado ensinou, por meio de seus livros e ações, que a economia deve servir para melhorar a vida das pessoas, e não apenas gerar números.
Jayse Ferreira: O Artista da Educação de Hoje
Jayse é a prova de que a missão desses grandes mestres continua viva! Professor de Educação Artística em Itambé, Pernambuco, ele usa a arte para engajar seus alunos. Jayse acredita que desenho, pintura e cinema podem ser ferramentas poderosas para discutir a identidade e a realidade dos jovens.
Ele na prática: Por seu trabalho inovador, ele foi parar na lista dos 50 melhores professores do mundo, concorrendo ao “Nobel da Educação” (Global Teacher Prize). Ele já ganhou o prêmio Professores do Brasil duas vezes e mostra, na prática, que a educação é a verdadeira obra de arte.
Juntos, Eles Nos Ensinam Que…
A história desses cinco mestres nordestinos tem um ponto em comum: a crença inabalável no poder da educação. Seja no século XIX ou no XXI, na sala de aula ou nos livros de economia, eles nos mostram que ensinar é um ato de coragem, amor e esperança.
Eles nos lembram que o Nordeste é um celeiro de genialidade e que o professor é, e sempre será, um farol que ilumina o caminho de todo um país.
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