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Cientistas estudam fenômeno em corais no litoral do Nordeste

Cientistas do Nordeste estão estudam um fenômeno que vem ocorrendo em corais no litoral do Nordeste. Estes recifes enfrentam um segundo grande episódio de branqueamento, de acordo com o relatório anual do projeto Coral Vivo. ...
Redação, da Agência NE9
2 de janeiro de 2025 - às 07:19
Atualizado 2 de janeiro de 2025 - às 07:19
3 min de leitura
Cientistas da UFPE monitoram o branqueamento dos corais. Foto: UFPE
Cientistas da UFPE monitoram o branqueamento dos corais. Foto: UFPE

Cientistas do Nordeste estão estudam um fenômeno que vem ocorrendo em corais no litoral do Nordeste.

Estes recifes enfrentam um segundo grande episódio de branqueamento, de acordo com o relatório anual do projeto Coral Vivo. A princípio, este fenômeno é associado à forte onda de calor gerada pelo El Niño. Desse modo, causa preocupação entre pesquisadores, especialmente pela concentração dos impactos no Nordeste do Brasil.

O que é o Branqueamento de Corais?

O branqueamento ocorre quando os corais perdem as microalgas simbióticas que vivem no interior deles, responsáveis por sua coloração e fornecimento de nutrientes. Sem essas microalgas, os corais enfraquecem e podem morrer.

Áreas Mais Afetadas

As mudanças foram particularmente intensas em:

  • Natal (RN)
  • Maragogi (AL)
  • Salvador (BA)

Espécies Mais Impactadas

As duas espécies mais atingidas, tanto em 2019 quanto em 2024, são:

  1. Coral-de-fogo
  2. Coral-vela
    • Esta última está ameaçada de extinção e é endêmica do Brasil.

Impactos do Branqueamento

Em suma, a morte dos corais tem consequências alarmantes:

  • Perda de biodiversidade: Os corais são abrigo e fonte de alimento para milhares de espécies.
  • Aumento da erosão costeira: Corais protegem praias contra o avanço do mar.
  • Prejuízo econômico: Setores como pesca e turismo, que dependem dos recifes, sofrem grandes perdas.

Regiões Menos Afetadas

Do mesmo modo, o Sudeste e o sul da Bahia registraram menor intensidade de branqueamento em 2024. Essas áreas abrigam maior diversidade de recifes, mas sofreram menor impacto devido à menor severidade da onda de calor.

Cientistas da UFPE monitoram o branqueamento dos corais. Foto: UFPE
Cientistas da UFPE monitoram o branqueamento dos corais. Foto: UFPE

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O Projeto Coral Vivo

Criado há quase 30 anos no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, o projeto Coral Vivo busca:

  • Entender os ciclos de vida dos corais.
  • Desenvolver estratégias de conservação e recuperação de recifes.

Situação do Branqueamento de Corais no Brasil (2024)

Região Impacto do Branqueamento Espécies Mais Atingidas Consequências para o Ecossistema
Nordeste Alto Coral-de-fogo, Coral-vela Perda de biodiversidade, impacto no turismo e pesca
Sudeste Baixo Menor número de espécies afetadas Baixa mortalidade geral
Sul da Bahia Baixo Alta diversidade protegida Consequências mínimas

 

Ao mesmo tempo, o branqueamento dos corais acende um alerta importante. Ações de preservação e redução de emissões de gases do efeito estufa são essenciais para proteger não apenas os recifes, mas também os ecossistemas e comunidades que dependem deles.

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