Cientistas do Nordeste criam remédio inovador para ansiedade

Como é esse novo remédio para ansiedade?

A pesquisa teve início com a criação de novos compostos químicos baseados em dois elementos: o európio e o térbio. Esses materiais foram analisados em detalhes através de técnicas avançadas, como espectroscopia de infravermelho e fotoluminescência, para entender sua estrutura e propriedades.

Segundo o professor Jorge Fernando Silva, a eficácia dos novos compostos foi testada em duas etapas. A primeira, um estudo in silico, utilizou simulações computacionais para prever os resultados. A segunda fase envolveu um estudo in vivo, realizado com o peixe-zebra (Danio rerio), amplamente utilizado em pesquisas biomédicas.

Fase da Pesquisa	Descrição	Técnicas Utilizadas	Objetivo Principal
Criação de Compostos	Desenvolvimento de novos compostos químicos baseados em európio e térbio.	–	Criar materiais inovadores com potencial para tratamento da ansiedade.
Análise dos Materiais	Estudo detalhado da estrutura e propriedades dos compostos.	Espectroscopia de infravermelho, Fotoluminescência	Compreender a estrutura e as propriedades dos compostos químicos.
Estudo In Silico	Simulações computacionais para prever a eficácia dos novos compostos.	Simulação computacional	Prever os resultados da eficácia farmacológica dos compostos.
Estudo In Vivo	Testes realizados com o peixe-zebra (Danio rerio) para avaliar a eficácia dos compostos na prática.	Testes biológicos com peixe-zebra	Validar os resultados da simulação computacional em um modelo biológico.

Alternativa Promissora para o Tratamento da Ansiedade

De acordo com Jorge Silva, a nova linha de compostos químicos apresenta uma alternativa tanto do ponto de vista químico quanto econômico para o tratamento da ansiedade, com o potencial de minimizar os efeitos colaterais dos ansiolíticos tradicionais. “Embora os medicamentos ansiolíticos possuam propriedades terapêuticas importantes, eles podem causar dependência química e outros efeitos adversos. Nosso objetivo é encontrar uma solução que reduza esses impactos e, ao mesmo tempo, seja eficaz no tratamento”, afirma o professor.

A pesquisa ainda está em fase de testes e, portanto, mais validações são necessárias antes de uma possível aplicação clínica. No entanto, os pesquisadores estão otimistas com as descobertas e vislumbram um futuro promissor para os novos compostos. “Os próximos passos envolvem a otimização dos processos de síntese, além da busca por parcerias com a indústria farmacêutica e investidores que possam apoiar a continuidade dessa pesquisa”, explica Jorge.

A pesquisa inovadora envolve pesquisadores do todo o Nordeste. Foto: Freepik

Equipe de Pesquisadores

Além do professor Jorge Fernando Silva, o estudo conta com a colaboração de diversos pesquisadores de diferentes universidades, como Hélcio Silva (Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA), Aluísio Marques (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – Unilab), Emmanuel Silva, Maria Kueirislene, Amâncio Ferreira e Jane Eire Silva (Universidade Estadual do Ceará – UECE), e o mestrando Andrei Marcelino Sá (Universidade Estadual de Santa Cruz – Uesc).