Com uma das economias mais dinâmicas do país, Luís Eduardo Magalhães (LEM), no oeste da Bahia, surge como protagonista natural para sediar uma das principais discussões prévias à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém, em 2025.
Região tem agronegócio tecnificado

Reconhecida como a Capital do Matopiba — território estratégico que engloba partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Desse modo, LEM tem atraído olhares nacionais e internacionais pelo seu desempenho econômico e pela força do seu agronegócio tecnificado. Agora, se prepara para sediar o Cerrado Summit, único evento da pré-COP30 fora das capitais, com foco no segundo maior bioma brasileiro. A iniciativa é organizada pela Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão) e Aiba (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia).
Sobre o evento
Nos dias 15 e 16 de abril, a cidade abrigará o Cerrado Summit, um encontro estratégico sobre agricultura regenerativa no Bioma Cerrado. Este evento é o único da pré-COP30 que ocorre fora de uma capital, com um foco claro nos desafios e tratados relacionados ao Cerrado. A programação começará no dia 15, às 9h, no auditório da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), localizada no Complexo Bahia Farm Show.
O evento propõe não apenas colocar o Cerrado no centro do debate ambiental, mas também consolidar Luís Eduardo Magalhães como um polo de inovação sustentável, unindo produção, preservação e oportunidades. Com mais de 400 mil estabelecimentos agrícolas, 46 unidades de conservação, 35 terras indígenas e uma reserva subterrânea de água doce de 76 mil km² (o Aquífero Urucuia), o Matopiba representa um dos maiores potenciais agroambientais do planeta.
Além de sua base agrícola, a cidade abriga parques industriais em expansão, empresas de tecnologia e uma juventude escolarizada — com índice de escolarização em 96,4% e IDH acima da média baiana. O PIB per capita já ultrapassa R$ 95 mil, destacando-se na liderança regional.
Dentro desse contexto, a realização de um pré-evento da COP30 em LEM representa mais do que visibilidade internacional: é a chance de discutir, com profundidade, a valoração dos ativos naturais, o papel estratégico da região na agenda ESG global, e as possibilidades de financiamento climático para produtores comprometidos com preservação e inovação.
O Matopiba a redes internacionais

Ao mesmo tempo, a iniciativa conta com apoio de instituições como a Associação Cultural Brasil-Estados Unidos (ACBEU). Ela é signatária do Pacto Global da ONU, que atua promovendo a educação para a sustentabilidade e conectando o Matopiba a redes internacionais de cooperação e intercâmbio.
Assim, com uma economia em crescimento, ativos naturais valiosos e forte presença do agronegócio sustentável, Luís Eduardo Magalhães tem tudo para ser um dos epicentros das discussões globais sobre o futuro da produção de alimentos e da preservação ambiental.
Dessa forma, a proposta é clara: transformar a capital do Matopiba em palco permanente do diálogo entre o cerrado produtivo e o cerrado preservado. A princípio, o objetivo é reforçar que desenvolvimento e sustentabilidade caminham juntos — e podem, sim, gerar riqueza, oportunidades e protagonismo global.
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