Boas práticas ambientais, sociais e de governança, dentro da agenda ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), já estão entre os principais valores exigidos pelos consumidores e devem ganhar ainda mais importância nos próximos anos. No setor de turismo não será diferente: segundo o Relatório de Viagens Sustentáveis da Booking.com para o ano de 2021, 96% dos brasileiros dizem que querem se hospedar em uma acomodação sustentável em 2022 – um aumento considerável em relação ao ano de 2016 (80%), quando a pesquisa em torno das viagens sustentáveis foi conduzida pela primeira vez.
Além da preocupação com a sustentabilidade, para seguir as práticas do ESG, as empresas precisam ser engajadas socialmente, com políticas de diversidade para o ambiente de trabalho e projetos que reduzam a desigualdade na sociedade. Na parte de Governança Corporativa, uma organização ESG precisa cuidar da integridade dos processos corporativos, preservando a independência do conselho de administração e investindo em formas para impedir casos de corrupção, discriminação e assédio.
O Ministério do Turismo definiu iniciativas para a implementação de turismo sustentável até esse ano de 2022. Práticas como a integração da produção regional à cadeia produtiva do turismo estão inclusas nessas metas e se traduzem em uma série de programas e ações.
Para Danielli Nobrega, gerente nacional de sustentabilidade da ICH Administração de Hotéis (Intercity Hotels, Yoo2 e Tru by Hilton), “esse perfil do turista brasileiro, mais preocupado com as questões sociais e de sustentabilidade ao viajar, exige que os hotéis continuem desenvolvendo produtos e serviços que agradem, mas que também tenham compromisso com a sociedade nos âmbitos ESG”. Além disso, segundo ela, “o setor de turismo como um todo devem buscar uma relação mais transparente com os consumidores”.
De acordo com o estudo realizado pela Nielsen, Estilos de Vida 2019, os brasileiros estão cada vez mais sustentáveis e conscientes: 42% estão mudando os seus hábitos de consumo para reduzir seu impacto no meio ambiente; 30% estão atentos aos ingredientes e material que compõe o produto e serviço e 65% não compram de empresas associadas a trabalho escravo.
“As próximas gerações estão criando uma forma de consumo mais voltado para os valores das empresas e seu impacto no mundo. As empresas que se adequarem a esta nova realidade poderão colher frutos em seus demonstrativos contábeis”, finaliza Nobrega.
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