Brasil gera 432 mil novos empregos com carteira assinada

carteiras de trabalho
Emprego com carteria assinada cresce

O Brasil encerrou fevereiro com um saldo positivo de 431.995 empregos formais, segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Esse é o melhor resultado mensal desde 2020, início da nova série histórica do levantamento.

Crescimento impulsionado por investimentos

O saldo positivo foi impulsionado por 2.579.192 admissões contra 2.147.197 desligamentos. No acumulado de 2024, o saldo chega a 576.081 empregos. A princípio, nos últimos 12 meses, foram 1.782.761 novas vagas.

De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, os números à política de investimentos e reindustrialização do governo federal. “Estamos estimulando a indústria nacional, reduzindo importações e incentivando a produção local, como na fabricação de equipamentos de saúde e no desenvolvimento de combustíveis sustentáveis”, destacou.

Setores que mais geraram empregos

Setor de serviços na Paraíba foto freepik
Setor de serviços na Paraíba foto freepik

O setor de serviços liderou a geração de empregos, com 254.812 novos postos, seguido pela indústria (69.884), comércio (46.587), construção civil (40.871) e agropecuária (19.842). Apesar do saldo positivo, o salário médio de admissão caiu R$ 79,41 em relação a janeiro, ficando em R$ 2.205,25.

Perfil dos novos empregados

As mulheres ocuparam a maioria das novas vagas (229.163), enquanto os homens ficaram com 202.832. A faixa etária mais beneficiada foi de 18 a 24 anos, com 170.593 empregos, e o ensino médio completo se destacou entre os contratados, com 277.786 postos. Em relação à raça/cor, pardos foram os mais empregados (269.129), seguidos por brancos (189.245).

Destaques regionais

Ao mesmo tempo, com exceção de Alagoas, todos os estados registraram saldo positivo. São Paulo liderou com 137.581 novos empregos, seguido por Minas Gerais (52.603) e Paraná (39.176). Contudo, no ranking proporcional, Goiás (+1,30%), Tocantins (+1,25%) e Mato Grosso do Sul (+1,24%) tiveram as maiores variações positivas.

Perspectivas para os próximos meses

Apesar do saldo positivo, o ministro Marinho alertou que os números de fevereiro sofreram influência sazonal e que março pode apresentar uma redução na geração de empregos. Ele reforçou a necessidade de manter investimentos para sustentar o crescimento do mercado de trabalho e criticou a taxa de juros elevada, que, segundo ele, dificulta o desenvolvimento econômico.

Para Marinho, o país precisa de um pacto para aumentar a produção e combater a inflação. Desse modo, sem recorrer apenas ao aumento dos juros. “O Brasil precisa produzir mais. As pessoas não vão parar de consumir itens essenciais devido aos juros altos”, concluiu.