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Bicicletas viram aliadas de quem busca uma forma ágil e barata de andar por Fortaleza

Cada vez mais utilizadas como meio de transporte e não só para esporte e lazer, as bicicletas têm papel fundamental na melhoria da mobilidade urbana. Além de serem uma forma de locomoção limpa e sustentável, diminuem congestionamentos, já que cada pessoa que escolhe andar de bike acaba evitando o uso de modais que ocupam mais espaço nas vias. Porém, para que o ciclismo seja uma alternativa viável e segura, é necessário investimento do poder público – e, tanto quanto, atenção e respeito de todos que compõem o trânsito.

Em Fortaleza, a mudança nas políticas voltadas para os ciclistas começou em 2014, segundo Gustavo Pinheiro, coordenador de Gestão Cicloviária da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC). Até 2013, de acordo com ele, existiam apenas 68 km de ciclovias e ciclofaixas; hoje, são 416 km de malha cicloviária, que percorrem diversas áreas da cidade. “É um avanço bem significativo. Com ele o ciclista fica mais seguro e é um incentivo para que outras pessoas queiram andar de bicicleta”, destaca.

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Compartilhamento

Outra política importante para o estímulo ao ciclismo na Capital são as bicicletas compartilhadas através do projeto Bicicletar. No momento, há quase 200 estações. E justamente pelo avanço do uso de bicicletas no dia a dia, é necessário que ciclistas e demais atores do trânsito fiquem atentos às medidas de segurança: por ser um veículo mais leve, o ciclista está mais exposto, o que aumenta a importância da máxima “o maior cuida do menor”.
“Os veículos maiores precisam cuidar dos menores, o próprio Código de Trânsito ressalta isso. Quem costuma causar acidentes mais graves, neste caso, são os ônibus e os carros. E por isso é essencial que se respeite o ciclista. Hoje, as duas principais infrações neste sentido são transitar e estacionar nas ciclofaixas, que são um espaço exclusivo para o ciclista”, explica Gustavo Pinheiro.

Apesar do aumento de ciclistas, acidentes fatais diminuíram
Mesmo com a desvantagem de “peso” em relação a outros veículos e o aumento relevante no número de ciclistas, os acidentes fatais diminuíram consideravelmente, segundo a AMC. Há dez anos, o número de vítimas chegou a 40; agora, tem se mantido abaixo de 20, de acordo com Gustavo Pinheiro. “Isso vem do respeito às normas de segurança, do aumento da malha cicloviária e também da fiscalização”, afirma.

A autarquia também realiza ações educativas voltadas para ciclistas e motoristas. Tudo isso ocorre com distribuição de material de conscientização e de luz traseira para facilitar a visualização das bicicletas à noite. O uso de capacete e luz traseira não é obrigatório, mas é recomendado. “A principal orientação, no entanto, é a mesma que damos aos outros veículos: seguir rigorosamente as normas do Código de Trânsito”, completa Pinheiro.

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