O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) está disponibilizando R$ 3,6 bilhões em recursos para empréstimos em Pernambuco neste ano.
Desse total, R$ 1,4 bilhão é voltado para infraestrutura, como obras destinadas à implantação de energia renovável, enquanto o restante deverá ser destinado para o comércio, indústria e serviços, incluindo segmentos como turismo, educação e logística.
Em 2021, as contratações no estado com recursos do FNE somaram R$ 3,95 bilhões, em 76.077 operações. Incluindo as contratações globais, o montante sobe para R$ 41,9 bilhões.
Dessa forma, entre os maiores contemplados, o destaque fica por conta das micro e pequenas empresas, microempreendedores urbanos e rurais e agricultores familiares. De acordo com o banco, as linhas de crédito voltadas a esse público alcançaram, no âmbito global, R$ 28,8 bilhões, o que corresponde a 69% de todos os recursos aplicados em 2021.
No entanto, apesar do volume significativo disponível, alguns empresários ainda resistem a pleitear os recursos subsidiados junto ao banco. Para Ana Luiza Ferreira, sócia da GF Capital, empresa especializada em assessoria para a captação de financiamento, as garantias solicitadas pelo banco são um empecilho para a conclusão do negócio.
“O que pode dificultar é a garantia real exigida pelo banco, que na maioria das vezes é uma garantia hipotecária, como um imóvel, um terreno, com normalmente o valor de um para um. Se eu apresento um projeto solicitando cinco milhões de reais, eu preciso apresentar, ao menos, cinco milhões em garantias”, relatou.
Legalidade
Além disso, o Banco do Nordeste também exige a completa legalidade e conformidade do negócio. Por isso, é preciso planejamento e uma boa organização para realizar todas as etapas e conseguir um empréstimo.
“Primeiramente, o empresário deve levar os documentos cadastrais, tanto se for pessoa física quanto jurídica. Depois, o banco vai exigir um projeto de análise para observar a viabilidade econômico-financeira. Se o projeto envolver obras civis, o banco vai exigir os projetos aprovados pela prefeitura, junto com uma planilha orçamentária de obras civi. Isso tudo com lastro em cotação de obras públicas, feita por um engenheiro orçamentista”, detalhou.
Do Diário de Pernambuco